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Repercussão do mensalão

Delúbio Soares pede ao STF para trabalhar na CUT

O ex-tesoureiro do PT seria contratado para atuar na área de organização sindical. A proposta de trabalho foi anexada à petição entregue ao STF

Os advogados do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares apresentaram nesta quinta-feira, 28, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de autorização para que ele trabalhe na Central Única dos Trabalhadores (CUT) enquanto cumpre pena no regime semiaberto. Delúbio seria contratado para atuar na área de organização sindical. A proposta de trabalho foi anexada à petição entregue ao STF. O criminalista Arnaldo Malheiros não soube informar qual o salário oferecido pela central ligada ao PT.

Delúbio foi condenado a oito anos e 11 meses de prisão acusado de ser um dos operadores do esquema do mensalão no regime fechado. Contudo, ele cumpre inicialmente a pena no regime semiaberto até o STF julgar recurso apresentado pela defesa que tenta reduzir a pena. O ex-tesoureiro sairia de dia para trabalhar e voltaria à noite para o Complexo Penitenciário da Papuda.

A mulher dele, Mônica Valente, se reuniu nesta quinta-feira com Delúbio no presídio, quando discutiram qual proposta ele aceitaria. Além do trabalho na CUT, ele também teria recebido oferta de emprego de empresas ligadas ao PT em Brasília, onde quer cumprir a pena.

Companheiro de Delúbio na prisão, o ex-ministro José Dirceu também já apresentou ao STF pedido para trabalhar no hotel St. Peter, de Brasília. Com salário de R$ 20 mil ele será gerente administrativo. Ao contrário de Dirceu, Delúbio ainda não teve a carteira assinada. Irá aguardar a decisão do STF sobre se será liberado.

O pedido do ex-tesoureiro foi protocolado na Vara de Execuções Penais (VEP) de Brasília e deve ser analisado pelo juiz Bruno Ribeiro. Ele é o terceiro dos réus presos do processo do mensalão a apresentar um pedido de trabalho externo. Além dele, o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas, também apresentaram pedidos semelhantes. Lamas, por as vez, tem a proposta de uma empresa de engenharia que lhe ofereceu R$ 1,2 mil. Os três pedidos ainda aguardam análise da VEP ou do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

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