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Ligações Suspeitas

Demóstenes será julgado até 17 de julho, diz relator

Humberto Costa promete encerrar processo no Conselho de Ética do Senado antes do recesso parlamentar

Costa: Se Cachoeira não aparecer, pior para Demóstenes | Antônio Cruz/ABr
Costa: Se Cachoeira não aparecer, pior para Demóstenes (Foto: Antônio Cruz/ABr)

O senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) no Conselho de Ética do Senado, promete encerrar o caso contra o ex-líder do DEM antes do recesso parlamentar de julho.

Com as eleições municipais de outubro e o esperado esvaziamento do Congresso no segundo semestre, Costa disse que levará seu relatório a voto no conselho em junho – para que a Casa conclua o caso Demóstenes até o dia 17 de julho, quando começa o recesso.

"Depois do recesso, se estará em campanha eleitoral franca. Eu posso garantir que vou fazer esse relatório até o final de junho para que seja votado em julho", afirmou.

Costa disse que vai elaborar o relatório mesmo que as testemunhas de Demóstenes não compareçam para depor, como o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ou o próprio senador.

A ausência das testemunhas seria uma estratégia para adiar o fim do processo, deixando o caso para o segundo semestre quando, dificilmente, haverá quórum para análise do caso no plenário do Senado. "No momento em que eu entender que tenho elementos, eu apresento o relatório", afirmou.

O relator disse que se Cachoeira não comparecer ao conselho na semana que vem, como previsto no cronograma de trabalhos, o maior prejudicado será Demóstenes – já que o empresário é sua testemunha no processo disciplinar. "Os integrantes do conselho vão levar em conta esse simbolismo", afirmou o relator.

Procuradores

O conselho se reuniu ontem para discutir um novo cronograma de trabalhos, após os procuradores da República responsáveis pelas investigações pedirem para adiar o depoimento.

Costa sugeriu a suspensão definitiva da presença dos procuradores, mas o conselho optou por apenas deixar em suspenso com a possibilidade de ouvi-los mais à frente se for necessário. "Tudo pode acontecer na Justiça, o melhor é deixar em suspenso porque podemos precisar deles", disse o presidente do conselho, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).

Os integrantes do conselho também aprovaram o pedido da defesa de Demóstenes para ter acesso à documentação remetida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao colegiado – em especial o inquérito da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

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