
Os cinco presos na Operação Argonauta começarão ser ouvidos apenas na segunda-feira. O ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná Abib Miguel, o Bibinho, e Edivan Bataglin permanecerão detidos em Brasília. Como não há carceragem na Delegacia Especializada de Crime Organizado do Distrito Federal, Bibinho e Edivan podem ter sido levados para a Penitenciária da Papuda. Mas a reportagem não conseguiu confirmar essa informação.
O trabalho do Gaeco ficará focado, nos próximos dias, em organizar o material que foi apreendido. Entre os papéis encontrados na operação estão escrituras de propriedades e documentos que ligam os suspeitos às empresas investigadas na operação.
A operação começou na manhã de ontem. Em Curitiba, a movimentação dos veículos próximos da residência de Bibinho chamou atenção da vizinhança do bairro Seminário, onde ele reside.
Eurolino dos Reis, advogado da família de Bibinho, acompanhou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão no local. À Gazeta do Povo, ele disse que não iria se manifestar sobre o caso.
Citados
Luciana de Lara Abib, filha de Bibinho, é suspeita de atuar na administração de bens adquiridos com recursos da Assembleia por meio da empresa Cerrado Participações. O MP também registrou dinheiro suspeito depositado em nome dela durante as investigações. Já Edivan Bataglin tem sido fundamental, segundo o MP, para Bibinho manter em funcionamento a produção agrícola na fazenda em Goiás. Ele seria o homem que transformaria recurso desviado em "limpo", concluindo o esquema de desvios.



