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Região Oeste

Depoimentos sobre morte de prefeito começam com segurança reforçada

Vandelino Royer foi assassinado em julho de 2008 ao sair de uma reunião com moradores em Itaipulândia

Começaram, nesta quarta-feira (29), em São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Paraná, os depoimentos dos sete acusados presos e das 35 testemunhas do caso do assassinato do ex-prefeito de Itaipulândia, na mesma região, Vandelino Royer. Os depoimentos deveriam ter sido feitos há 15 dias, mas foram adiados por que a juíza alegou falta de segurança. O policiamento foi reforçado para esta sessão tanto no Fórum, local dos depoimentos, quanto no resto da cidade.

Os sete homens presos chegaram algemados, entre eles o ex-vice-prefeito Laudair Bruch, acusado de ser o mandante do crime. Vandelino Royer foi morto no dia 9 de julho de 2008 na saída de uma reunião com moradores na Vila Caramuru, em Itaipulândia. Ele foi abordado por dois homens em uma moto e um deles acertou quatro tiros no prefeito. O vice assumiu a prefeitura e uma semana depois foi preso.

Outros cinco homens que são acusados de participar do planejamento do crime também forma presos, entre eles o então candidato a vereador Dirceu Luiz Duron, que confessou ter intermediado a contratação do assassino. As investigações apontaram para um crime com motivações políticas. Itaipulândia tem 8 mil habitantes, mas recebe mensalmente R$ 1,6 milhão como royalties pela formação do Lago do Itaipu, que ocupou terras do município. De acordo com a polícia, Bruch teria se desentendido com Royer e, depois de assumir a prefeitura, iria apoiar o grupo político adversário nas eleições que ocorreram em outubro passado.

Uma das primeiras testemunhas ouvidas na sessão, que está sendo feita a portas fechadas e deverá durar todo o dia, foi a viúva de Vandelino Royer, Veranice Royer, que falou com a imprensa após falar à Justiça. "É muito triste ver pessoas em que você confiou tanto terem isso com meu esposo. É muito triste ver a cara de cada um deles. Tenho fé em Deus que vão pagar por isso", disse à reportagem da RPC-TV.

A polícia ainda não conseguiu prender um oitavo acusado, que seria o homem que atirou em Vandelino Royer. Ele foi identificado, mas permanece foragido.

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