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Deputado acusado por Ricardo Pessoa, da UTC, confronta executivo em CPI

Durante sua fala, Delgado anuncia que está se afastando da CPI, já que foi citado por Pessoa e pode ser investigado na Operação Lava Jato | Valter Campanato/ABR
Durante sua fala, Delgado anuncia que está se afastando da CPI, já que foi citado por Pessoa e pode ser investigado na Operação Lava Jato (Foto: Valter Campanato/ABR)

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) aproveitou o depoimento do dono da UTC Ricardo Pessoa à CPI da Petrobras nesta terça-feira (15) para confrontá-lo sobre a acusação, feita pelo executivo em delação premiada, de que recebeu R$ 150 mil da empreiteira graças a um acerto ilícito, segundo a revista “Veja”.

Confira o vídeo da CPI da Petrobras 

Delgado questionou Pessoa sobre fatos envolvendo essa acusação, mas não obteve nenhuma resposta, porque o empreiteiro já havia avisado à CPI que não responderia a perguntas porque sua delação premiada ainda está parcialmente sob sigilo.

O deputado argumenta que foi levado pelo então presidente do PSB de Belo Horizonte, João Grossi, à sede da UTC para pedir doações e que recebeu R$ 150 mil na conta do partido, verba que foi distribuída a outros candidatos.

Durante sua fala, Delgado anuncia que está se afastando da CPI, já que foi citado por Pessoa e pode ser investigado na Operação Lava Jato. “Em nome da minha honra, eu vou fazer algumas perguntas e gostaria que o depoente pudesse respondê-las. Quero tentar entender o que o levou a fazer as acusações infundadas contra mim e se confirma algumas inverdades que teria dito”, afirmou.

O deputado questionou que contrapartidas teriam sido prometidas em troca da doação da UTC, mas não obteve resposta. Também disse só ter visto o empreiteiro essa única vez. “Quantas vezes o senhor já esteve ou falou comigo? Quantas vezes trocou telefonema comigo?”, perguntou.

Pessoa se limitou a dizer: “Excelência, vou ficar em silêncio”.

O empreiteiro não esboçou reações e não respondeu a nenhuma pergunta de Julio Delgado.

O deputado disse ainda que subscreveu relatório paralelo da CPI da Petrobras do ano passado que defendia o indiciamento de Pessoa e que apresentou requerimento para convocá-lo logo no início desta nova CPI, instalada no início deste ano.

“Hoje estou aqui diante de vossa senhoria tendo que me afastar por uma conduta moral e ética da CPI, que corro o risco de ser investigado por algo que eu não fiz. Vossa senhoria sabe que eu não fiz”, finalizou Delgado.

Nenhum outro parlamentar citado por Pessoa em sua delação foi à CPI lhe fazer questionamentos.

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