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Justiça

Deputado quer que MP investigue concurso do TJ

Dr. Rosinha diz haver indícios de favorecimento a candidato

Foto do repórter fotográfico Rodolfo Bührer mostra em quais mãos (ou pés) está o destino do Atlético nesta quarta-feira | Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo
Foto do repórter fotográfico Rodolfo Bührer mostra em quais mãos (ou pés) está o destino do Atlético nesta quarta-feira (Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo)

O deputado federal Dr. Rosinha (PT) deve protocolar hoje, no Ministério Público Estadual (MP), um pedido de investigação referente a concurso público do Tribunal de Justiça para o cargo de juiz substituto realizado no ano passado. Para o deputado, o concurso ficou sob suspeita depois que a RPC TV divulgou, anteontem, gravações de conversas telefônicas entre o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina e o genro dele, o advogado Leonardo Bechara Stancioli.

A RPC TV teve acesso às interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Furacão, deflagrada no fim de abril, em que o ministro aparece conversando com o genro e dizendo que o esquema para que Stancioli passasse no concurso estava montado. De um total de 1.748 escritos, o genro de Medina ficou em 17.° lugar e deve ser o próximo a ser admitido como juiz substituto, assim que abrir vaga.

Dr. Rosinha afirmou que o conteúdo das fitas mostra indícios de fraude no concurso e que o fato põe em xeque a credibilidade do concurso. Em abril, a revista Veja publicou que Medina teria interferido para que o genro passasse no exame.

Em trechos das gravações, Medina se refere a um desembargador chamado Jonny, que teria encontrado durante uma viagem feita a Curitiba. Segundo Medina, Jonny teria se comprometido a "liberar o apoio" à Stancioli.

O desembargador Jonny de Jesus Campos Marques ontem admitiu ter conversado com Medina, de quem é conhecido há muitos anos. Porém, negou que o ministro tenha pedido a ele para favorecer o genro, assim como nega que tenha se disposto a tomar tal atitude.

Marques disse que pediu ao presidente do TJ, Tadeu Marino Loyola Costa, que abra novo procedimento investigatório sobre o caso. O TJ não divulgou se irá realizar nova investigação. Segundo informações do TJ, a sindicância realizada para apurar a denúncia da Veja, já concluída, não deixou dúvidas de que Stancioli teria realizado todas as fases (teórica, prática e oral) do exame para o Judiciário. Porém, o TJ informou não ter conseguido as gravações da Polícia Federal, já que fazem parte de uma investigação sob sigilo em curso no STF.

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