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cota parlamentar

Deputado usou dinheiro público para visitar Cunha na prisão

Carlos Marun (PMDB-MS) confirmou visita e disse que vai avaliar se devolve os recursos usados para passagem e hospedagem

Carlos Marun disse que visitou Eduardo Cunha em “caráter natalino”. | J. Batista/Câmara dos Deputados
Carlos Marun disse que visitou Eduardo Cunha em “caráter natalino”. (Foto: J. Batista/Câmara dos Deputados)

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) usou dinheiro público para custear parte das despesas que teve na visita que fez ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha na prisão em dezembro do ano passado.

O jornal O Globo encontrou na cota de atividade parlamentar de Marun a emissão de uma passagem aérea no trecho Curitiba-Porto Alegre e de uma diária em hotel na capital paranaense nas mesmas datas da visita. Questionado, Marun disse que vai avaliar a possibilidade de devolver os recursos.

Ele esteve com Cunha no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, no dia 30 de dezembro do ano passado.

A passagem paga pela Câmara foi emitida no dia 29 de dezembro para o trecho Curitiba-Porto Alegre, no valor de R$ 327,58, pela companhia aérea Azul. A informação consta nos dados da cota do parlamentar do mês de dezembro.

A hospedagem, por sua vez, custou R$ 154,35. Marun ficou no hotel Rochelle, no centro de Curitiba. Neste caso, a nota fiscal foi emitida posteriormente por uma agência de viagens de Campo Grande (MS) e só consta na prestação de contas de janeiro deste ano. A nota informa que Marun fez o pagamento em dinheiro da hospedagem.

O ato da Mesa Diretora da Câmara que regula a cota de atividade parlamentar afirma que as despesas que serão pagas pela Câmara são aquelas “exclusivamente vinculados ao exercício da atividade parlamentar”. Marun afirmou que a visita foi feita em “caráter natalino”, sem vinculação política.

“Não foi uma visita de caráter político”, reiterou Marun nesta terça-feira.

Questionado sobre o fato da Câmara ter pago parte das despesas, ele disse que vai avaliar a possibilidade de devolver o dinheiro.

“Eu tenho que verificar. Vou ser bem franco, não me atentei a isso. Vou conversar com meu pessoal e se houver alguma questão em contrário eu faço o pagamento e faço o ressarcimento disso. Não me atentei dessa situação. É uma situação que tem fundamento. Vou verificar, e se efetivamente eu chegar a essa conclusão eu faço o ressarcimento”, afirmou o parlamentar.

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