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repercussão

Deputados apoiam pedido de afastamento de Cunha

Parlamentares dizem que presidente da Câmara deveria se afastar por conta própria

“Ele perdeu as condições morais de presidir a Câmara. Cabe a ele agora um gesto de grandeza de se afastar”, afirmou Bueno. | Gilmar Felix/Câmara dos Deputados
“Ele perdeu as condições morais de presidir a Câmara. Cabe a ele agora um gesto de grandeza de se afastar”, afirmou Bueno. (Foto: Gilmar Felix/Câmara dos Deputados)

Deputados da base e da oposição apoiaram a iniciativa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de pedir o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo de deputado. O líder do PPS, Rubens Bueno, disse que Cunha deveria fazer um gesto de “grandeza” e se afastar por conta própria. “O pedido de afastamento vem de acordo com o nosso discurso desde outubro. Ele perdeu as condições morais de presidir a Câmara. Cabe a ele agora um gesto de grandeza de se afastar”, afirmou Bueno.

O deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE), que foi o primeiro a protocolar um pedido de afastamento de Cunha do cargo, afirmou que o peemedebista deve deixar o posto e que não tinha condições “éticas e morais” para acolher o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. “Desde que ele assumiu a presidência da Câmara ele tem usado o regimento para satisfazer seus interesses. Em bom tempo a PGR pediu o afastamento. Isso só comprova que o atual presidente não tinha condições éticas e morais de acolher o pedido de impeachment que chegou em março na Câmara. Ele optou pela chantagem o tempo todo e em um momento de ódio decidiu acolher. Mais uma vez fica provado que se tratou de uma vingança de um homem desqualificado. Espero que o STF seja ágil para julgar”, afirmou.

Em nota, o PSOL saudou o pedido de afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pela procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Para o partido, um dos autores do processo contra Cunha no Conselho de Ética e que também pediu à PGR sua saída do cargo, a decisão de Janot é “coerente com o zelo pela dignidade da função pública, que o ainda deputado e renitente presidente da Câmara constantemente agride, e com os princípios constitucionais e democráticos”.

“O PSOL sempre denunciou seus desmandos e peticionou à PGR e ao próprio STF pelo seu afastamento, além de ter pedido a cassação de seu mandato no Conselho de Ética, ali também alvo de sucessivas manobras espúrias de sua tropa de choque. Agora, o clamor popular deve direcionar-se ao Supremo, para que a Justiça não tarde e não falhe”, diz outro trecho da nota.

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