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Rio Grande do Sul

Deputados da oposição pedem afastamento de assessora de Yeda

PF aponta ligação de assessora com empresas suspeitas de desvios. Assessoria do governo e Secretaria da Transparência não comentam

Deputados que fazem oposição à governadora Yeda Crusius na Assembleia Legislativa gaúcha protocolaram nesta quarta-feira (27) na Secretaria da Transparência e da Probidade Administrativa um requerimento pedindo o afastamento da assessora da governadora Walna Vilarins Meneses.

Os deputados incluíram no requerimento trechos do inquérito da Polícia Federal, divulgados pelo jornal "Zero Hora", em que Walna, que é secretária de Assuntos Administrativos, é apontada como elo entre o governo e um suposto esquema de desvios em obras públicas no Rio Grande do Sul, investigado na Operação Solidária.

O pedido de afastamento, encabeçado pelo deputado Paulo Azeredo (PDT) e subscrito por dez deputados, foi encaminhado ao secretário de Transparência, Carlos Otaviano Brenner de Moraes. A pasta foi criada em meio à crise do governo com as denúncias que levaram à instalação da CPI do Detran, no ano passado.

Segundo a assessoria de imprensa do governo, nem a assessora, nem a secretaria se manifestarão sobre o requerimento dos deputados.

"Não dá para acreditar que exista uma secretaria da Transparência, criada para isso, que não tenha transparência. Não queremos prejulgá-la [a assessora], mas fizemos um pedido de averiguação para saber exatamente o que aconteceu", disse o deputado Paulo Azeredo.

Segundo ele, em outra ocasião, os deputados fizeram uma convocação para que a assessora fosse à Assembleia esclarecer suas ligações com empresários investigados na Operação Solidária, mas o pedido foi barrado por deputados da base governista.

Diálogos

De acordo com o jornal "Zero Hora", Walna Meneses é apontada no inquérito pela PF como "elemento de ligação" entre o governo e o suposto esquema de desvios em obras públicas.

Em abril, segundo a PF, ela teria tido encontros com dois empresários que, mais tarde, foram indiciados pela Operação Solidária, que apura o suposto superfaturamento nas obras das barragens de Jaguari e Taquarembó.

Em diálogo gravado pela PF no dia 16 de maio de 2008, durante a preparação de editais para a licitação das obras, os dois empresários aparecem afirmando que "tá tudo combinado" e que a "progenitora maior do estado sabe". Uma das empresas foi anunciada como vencedora da licitação da obra de Taquarembó, em 30 de maio.

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