
A bancada do PMDB na Assembleia Legislativa assinou um manifesto no qual dá apoio ao governador Orlando Pessuti caso ele decida abrir mão de disputar a reeleição. Com isso, cresce a expectativa de que os peemedebistas se aliem ao senador Osmar Dias (PDT) na disputa pelo governo do estado juntamente com o PT.
Ontem à noite, os líderes dos três partidos no âmbito nacional e estadual se reuniram em Brasília na tentativa de bater o martelo pela candidatura de Osmar. Estiveram no encontro os presidentes nacionais do PDT, Carlos Lupi, do PMDB, Michel Temer, e do PT, José Eduardo Dutra. Caciques do PMDB nacional, como Renan Calheiros, também participaram das negociações.
Além dos dois pré-candidatos à sucessão estadual envolvidos na discussão, também estavam na reunião os presidentes estaduais dos três partidos: o pedetista Augustinho Zucchi, o peemedebista Waldyr Pugliesi e o petista Ênio Verri.
A carta, assinada por 15 dos 17 deputados estaduais do PMDB Alexandre Curi e Luiz Claudio Romanelli não teriam concordado com o documento , seria o aval para que Pessuti fosse a Brasília amparado pelo partido para abrir mão da candidatura em favor de Osmar. Com a desistência do governador, estaria aberto o caminho para a concretização da aliança sonhada pelo governo federal no Paraná: unir PDT, PMDB e PT no mesmo palanque no estado, dando força à candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff.
A desistência de Pessuti, porém, esbarra no pedido de aliança feito pelo PSDB aos pedetistas (veja matéria ao lado). Na última quinta-feira, o diretório estadual do PDT enviou um fax para a executiva nacional, solicitando autorização para fazer "coligação com o PSDB". Se a cúpula nacional da legenda aprovar o acordo, Osmar poderá disputar a reeleição ao Senado e Augustinho Zucchi poserá ser o vice na chapa encabeçada pelo tucano Beto Richa. Por isso, dependendo da decisão que deve ser divulgada hoje pelo diretório nacional do PDT, Pessuti necessariamente seria o adversário de Richa na disputa ao Palácio Iguaçu.
Os favoráveis à candidatura de Osmar ao governo, entretanto, garantem que Carlos Lupi não permitirá a aliança com os tucanos no Paraná, sobretudo porque o senador é um dos únicos candidatos pedetistas em todo o país com chances reais de ser eleito governador. Sob orientações do presidente Lula, os petistas também trabalham fortemente para ter Osmar como candidato com o objetivo de evitar que o PSDB repita o desempenho das últimas eleições e conquiste ampla maioria dos votos no Paraná. "A expectativa é que saia o acordo. Não iríamos reunir todas essas pessoas para dizer que estamos pensando [no assunto]", afirmou um confiante Ênio Verri, horas antes da reunião que ocorreria em Brasília na noite de ontem.



