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Os deputados estaduais retornam amanhã ao trabalho, depois de um mês de recesso parlamentar, com a expectativa de ampliar o número de projetos discutidos no primeiro semestre, quando 198 matérias foram aprovadas. Apesar do grande volume de propostas de lei tramitando, a questão política deve se sobressair nos próximos meses. O governo aposta que a bancada aliada continuará estável, com maioria folgada: 35 dos 54 deputados. Já a oposição, com apenas nove, espera ganhar o apoio de deputados insatisfeitos com o Palácio Iguaçu.

A votação do projeto do governo que transforma a Emater em autarquia vai servir para medir o jogo de forças na Casa. A oposição é contra e entre os próprios governistas existem dúvidas sobre a proposta, que deveria ser votada no primeiro semestre, mas foi adiada depois de um acordo entre lideranças.

O líder do governo, Dobrandino da Silva (PMDB), adiantou que, apesar da insistência da oposição para que o projeto seja retirado de pauta, o governador Roberto Requião vai manter a mensagem. O deputado disse estar confiante que será aprovado, mesmo com a ameaça de perda de alguns integrantes da bancada. "Mesmo que o PPS saia acredito que vão continuar votando com o governo porque sempre nos ajudaram", disse.

Os deputados do PPS Marcos Isfer, Ratinho Júnior, Arlete Caramês e Waldyr Leite anunciaram a saída da base depois de denunciar que os prefeitos do partido estariam sendo pressionados pelo governo para ingressar no PMDB.

O líder da bancada de oposição, Valdir Rossoni (PSDB), contabiliza que o governo não terá votos para aprovar o projeto da Emater e afirmou que o bloco vai tentar atrair o maior número possível de governistas na votação.

Para Rossoni, outro tema que vai movimentar a Casa é o projeto que altera a lei orgânica do Tribunal de Contas do Estado. Os deputados querem incluir na lei que os conselheiros que tenham parentes deputados sejam impedidos de julgar as contas de prefeitos da base eleitoral dos parlamentares. "Vamos tentar coibir abusos de alguns deputados que usam politicamente o Tribunal", explica. Rossoni é autor de projeto nesse sentido, mas decidiu segurar a proposta depois do compromisso assumido pelo presidente do TCE, Heinz Herwig, de inserir no projeto as reivindicações da Assembléia.

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