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Curitiba

Desgaste faz Derosso também pedir licença do PSDB

Cotado para ser vice na chapa de Ducci antes da crise, vereador perde espaço no partido

Câmara: votação de salário às pressas. | Antônio Costa/ Gazeta do Povo
Câmara: votação de salário às pressas. (Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo)

O presidente licenciado da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso, também pediu ontem uma licença temporária do PSDB. De acordo com a assessoria do governador Beto Richa, o pedido foi comunicado ao governador, que é também presidente esta­­dual do partido, durante a tarde. Com isso, o vereador deve perder temporariamente o cargo de secretário no diretório estadual, mas mantém sua filiação.

Um grupo de vereadores tucanos se reuniu após a sessão de ontem para discutir a decisão. De acordo com Beto Moraes (PSDB), o grupo chegou ao consenso de que seria melhor que ele ficasse afastado das funções partidárias durante as investigações. Entretanto, essa decisão já havia sido comunicada anteriormente ao governador e a outros líderes do partido.

Derosso foi presidente do partido em Curitiba até o diretório municipal ser dissolvido, no início deste ano, por conta da disputa entre seu grupo político e o ex-deputado federal Gustavo Fruet, hoje no PDT. Na época, Fruet queria sair candidato a prefeito pelo partido, mas Derosso insistia para que os tucanos apoiassem a reeleição do atual prefeito, Luciano Ducci (PSB). Por fim, o grupo do vereador ganhou a queda de braço e o ex-deputado deixou a sigla. Derosso era cotado para ser candidato a vice de Ducci.

Entretanto, poucos meses depois da saída de Fruet, surgiram denúncias contra Derosso envolvendo os contratos de publicidade da Câmara. Com isso, o vereador acabou ficando de fora da comissão provisória que hoje comanda o partido na cidade – presidida por Fernando Ghignone.

Além disso, a crise acentuou os desentendimentos entre o vereador e alguns líderes tucanos em âmbito estadual e nacional, como o presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), e o senador Alvaro Dias (PSDB). Em agosto, Rossoni e Alvaro chegaram a pedir publicamente que o vereador se afastasse do partido e do cargo de presidente da Câmara.

De acordo com o advogado especialista em direito eleitoral Everson Tobaruela, a figura do afastamento do partido acontece quando um filiado deixa de realizar atividades partidárias ou de representar a legenda em outras instituições. Isso valeria, por exemplo, no caso das comissões da Câmara, das quais Derosso não faz parte por ser o presidente, mas não vale para o Parla­­­mento em si, já que ele segue normalmente como filiado.

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