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"Deus qualifica os escolhidos", disse Crivella em sua posse

Marcelo Crivella admitiu que pode não ser o mais experiente nos assuntos relacionados à pesca, mas usou uma máxima religiosa para justificar o motivo que o fez assumir a pasta

Em tom que muitas vezes lembrava um sermão religioso, o novo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, admitiu que pode não ser o mais experiente nos assuntos relacionados à pesca, mas usou uma máxima religiosa para justificar o motivo que o fez assumir a pasta.

"Muitas vezes, Deus não escolhe os mais qualificados, mas sempre qualifica os escolhidos", disse.

"Espero que a presidente Dilma não fique triste de ter um ministro que não entende muito da pesca, e não sabe colocar minhoca no anzol. Mas colocar minhoca no anzol, se aprende rápido. Pensar nos outros é mais difícil", completou Crivella.

Crivella destacou que, à frente do Ministério, recebeu a incumbência de desenvolver a pesca no país, mas que a presidente Dilma Rousseff pediu que ele não se esqueça dos pescadores artesanais, que trabalham sem formalização, o que será o "espírito" de seu governo. Crivella reforçou que o país precisa de mais técnicos e especialistas na área, em especial, de engenheiros de pesca.

"Peço a Deus que ilumine meu trabalho. Que aconteça o milagre da pesca e que os peixes se multipliquem e cheguem à mesa dos brasileiros, principalmente dos mais pobres", disse Crivella.

Citando o Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e seu tio, Edir Macedo, Crivella disse qual é a frase que considera uma boa lição e conselho político: "Quem pensa nos outros, pensa como Deus".

A presidente Dilma Rousseff foi elogiada diversas vezes ao longo do discurso de Crivella, que afirmou ter aceitado o convite para assumir a pasta por entender se tratar de uma "homenagem ao povo fluminense" que a presidente prestava com a escolhe de seu nome. Para o ministro, não aceitar assumir o cargo seria "egoísmo" e "renúncia à causa pública".

'Trago na alma os anseios do povo fluminense", disse Crivella.

Ao elevar os feitos do atual governo, Crivella ressaltou que a presidente e o ex-presidente Lula já declaram que existe um "ato jurídico perfeito" em relação à lei de distribuição dos royalties de exploração do petróleo e afirmou crer que os interesses do estado serão preservados nessa questão.

Quando o ministro elogiou o fato de Dilma ser uma presidente que "não se conforma em conviver com a miséria e que deseja modificar o país", um grito de "glória a Deus" foi ouvido na plateia.

"É duro reconhecer e proclamar que faltaram lideres políticos que nos permitissem atuar na distribuição de riquezas para todos", disse.

Os elogios de Crivella também foram tecidos ao ex-vice-presidente José Alencar, que pertencia ao mesmo partido que ele, o PRB.

Na mesma cerimônia, o ex-ministro da Pesca Luiz Sérgio (PT-RJ), demonstrando humildade, agradeceu à presidente Dilma pela oportunidade de ter feito parte de seu governo. Luiz Sérgio fez um balanço da atividade pesqueira no Brasil e destacou a importância da criação do ministério. Em um aparente recado a Crivella, Luiz Sérgio disse que o potencial pesqueiro brasileiro não tem sido amplamente aproveitado.

"Tenho a mais completa convicção da importância do Ministério da Pesca e Aquicultura para o desenvolvimento do enorme potencial das atividades pesqueiras do país. Estou certo de que em pouco tempo o Brasil estará pronto para aproveitar melhor esse potencial", disse, citando que a produção de peixes cresceu 400% nos últimos 50 anos e que em 2012 deve chegar a 700 mil toneladas.

Depois de ocupar a Secretaria de Relações Institucionais e o Ministério da Pesca, o ex-ministro volta para Câmara, onde exercerá seu mandato de deputado, afirmando que continuará atuando em nome do governo Dilma.

"Retorno para o Parlamento com o firme propósito de defender com o mesmo emprenho as políticas de seu governo", encerrou Luiz Sérgio, acrescentando que foi uma honra fazer parte do governo da primeira mulher presidente da República.

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