
Pelo menos dez cidades paranaenses já trocaram de prefeito em apenas um ano do atual mandato. Em sete delas, os eleitos em 2012 foram cassados e afastados do cargo. Outros dois prefeitos faleceram e um renunciou. O número pode aumentar ainda mais nos próximos meses, já que pelo menos outros dez prefeitos do estado respondem a processos de cassação que correm na Justiça e ainda não foram concluídos.
Na comparação com outros estados, o Paraná ficou em quarto lugar em número de substituições. O estado está atrás apenas de São Paulo (que teve 21 trocas de prefeitos no período), Rio Grande do Sul e Minas Gerais (ambos com 13), de acordo com levantamento divulgado ontem pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O levantamento pode não estar completo, pois no caso do Paraná foram contados apenas cinco casos de afastamentos.
O número de cassados no primeiro ano da nova gestão (2013-2016) já é a metade (7) do registrado no mandato anterior (2009-2012), quando o Paraná teve 14 prefeitos cassados, segundo levantamento da CNM de 2012.
O relatório da CNM deste ano aponta que teriam ocorrido cinco substituições em prefeituras paranaenses no último ano. A lista cita os municípios de Inácio Martins, Santa Inês, Joaquim Távora, Jundiaí do Sul e Sarandi. As três primeiras cidades tiveram os dirigentes cassados e já realizaram novas eleições ainda em 2013. Mas não entraram na soma da confederação os municípios de Palmas, Fazenda Rio Grande, Paranaguá e Jaguariaíva, que também trocaram de mãos.
Em Palmas, no Sudoeste do estado, um imbróglio jurídico fez com que o prefeito eleito fosse deposto e assumisse o segundo colocado nas eleições, Hilário Andraschko (PDT). Em Fazenda Rio Grande, o ex-presidente da Câmara Municipal Marcio Wosniack está no lugar do prefeito afastado Francisco dos Santos (PSDB).
O ex-prefeito de Paranaguá, Mário Roque, faleceu em julho do ano passado. O de Jaguariaíva, Otélio Renato Baroni, em setembro. Um caso curioso aconteceu no Sudoeste: o ex-prefeito de São Jorge DOeste Lorimar Luis Gaio (PV) renunciou ao cargo alegando ser incapaz de exercer a função por não conseguir livrar a cidade da corrupção.



