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PF descobre fraude em mais duas instituições

Duas instituições apontadas pela Polícia Federal como de fachada pela Operação Esopo - que apura desvio de dinheiro do Ministério do Trabalho - receberam R$ 7 milhões dos ministérios da Ciência e Tecnologia e do Turismo. As investigações indicam que o Instituto Sul-Americano de Cidadania e Sustentabilidade e a empresa LMV Produções e Eventos, ambas do Estado de Minas Gerais, são "filhotes" do IMDC para a prática de fraudes.

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Dias pede ajuda a Dilma para escolha de novo secretário

Na reunião de uma hora e meia que teve com a presidente Dilma Rousseff, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, pediu ajuda para escolher o novo secretário-executivo da Pasta. Roberto Pinto, o número 2 anterior, pediu demissão na terça-feira, depois de ter o nome envolvido num escândalo de desvio milionário de dinheiro de convênios de ONGs com o ministério, apurado pela Operação Esopo da Polícia Federal. O nome do novo secretário-executivo não foi ainda definido.

Foi a primeira vez que Dias esteve com a presidente desde que o Ministério do Trabalho entrou em mais uma crise de desvio de dinheiro. Carlos Lupi, o primeiro ministro do Trabalho do governo Dilma, foi obrigado a pedir demissão no final de 2011 depois que seu nome foi envolvido em um escândalo semelhante ao apurado agora. Lupi resistiu, disse que só sairia do ministério "à bala", fez juras de amor à presidente Dilma, mas não teve jeito. Foi substituído por Brizola Neto. Na engenharia da montagem da base aliada, Dilma teve de tirar Brizola e pôr Manoel Dias em seu lugar.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, esteve reunido na tarde desta quinta-feira (12) durante cerca de uma hora e meia com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Foi a primeira vez que Dias esteve com a presidente desde que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) imergiu em uma crise que inclui denúncias de desvios de recursos da Pasta, conforme apontado na operação Esopo, da Polícia Federal, deflagrada na segunda-feira (9). Desde o início da semana, no entanto, Dias tem visitado o Planalto e mantido conversas com as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Ideli Salvatti.

A reunião desta quinta com Dilma já acabou e Dias não falou com a imprensa ao deixar o Planalto. É certo, porém, que ele continua no comando do MTE. Isso significa, portanto, que as boas relações do governo com o PDT - partido de Dias - estão preservadas.

Esta mais recente crise envolvendo MTE teve seu auge na terça-feira, 10, com a saída do secretário executivo da Pasta, Paulo Roberto Pinto. Ele era o "número 2" na hierarquia do MTE e pediu deixar a vaga. Ao sair, citou "ter plena convicção de que sempre agiu de acordo com os princípios éticos e balizadores da moralidade pública", em carta dirigida a Dias. Ainda em reflexo à operação da PF, o Ministério do Trabalho exonerou também Anderson Brito Pereira do cargo de assessor do ministro e Geraldo Riesenbeck do cargo de coordenador-geral de Contratos e Convênios da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego.

Na reunião com Dilma, Dias relatou que está realizando uma devassa nas contas do ministério. Nesta quarta, 11, o ministro convocou uma reunião de cúpula, com todo o secretariado do MTE, e determinou que fosse realizado um mutirão para fazer um amplo levantamento e análise dos convênios. O ministro do Trabalho também relatou à presidente que está solicitando apoio de outros órgãos do governo para realizar esse "pente-fino" nas contas da Pasta, inclusive da Controladoria-Geral da União (CGU). Não há ainda, entretanto, definição sobre quem ocupará a vaga na secretaria executiva do MTE.

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