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Defesa

Dilma adia a compra de caças para militares

Presidente afirma que estagnação econômica faz com que Brasil prefira gastar apenas com o essencial e que aquisição de material militar fica para depois

Dilma Rousseff com François Hollande, presidente francês: compra de caças não é prioridade para o Brasil no momento | Remy de la Mauviniere/Reuters
Dilma Rousseff com François Hollande, presidente francês: compra de caças não é prioridade para o Brasil no momento (Foto: Remy de la Mauviniere/Reuters)

O Brasil deve retomar o processo de escolha dos novos caças para as Forças Armadas assim que a economia voltar a crescer mais rapidamente. A informação foi dada ontem pela própria presidente Dilma Rousseff após reunião com o presidente francês, François Hollande, em Paris. "Esperamos que o Brasil volte a crescer nos próximos meses de forma que o assunto volte à nossa pauta de prioridades", disse, ao lado de Hollande.

"Adiamos, de fato, a escolha pelos caças. Isso pode levar algum tempo. Isso depende da recuperação [da economia]", disse Dilma. "Essa discussão se desenrolou em 2009 e 2010. Mas diante do aguçamento da crise, o governo brasileiro recuou de uma decisão imediata. E nós, agora, temos visto um aumento do processo de diminuição e estagnação dos rendimentos que nós obtemos para nossas receitas. Isso nos leva a ter extrema cautela ao ter gastos além daqueles que nosso país precisa para sair da crise, como a desoneração e o investimento em infraestrutura", disse.

Rafale

A França é um dos concorrentes na disputa da compra bilionária que o Brasil planeja fazer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou preferência pela opção francesa Rafale em detrimento das opções dos Estados Unidos e Suécia. Ao lado de Dilma, o presidente francês François Hollande repetiu que o país pretende oferecer cooperação com o Brasil caso a escolha seja pela França. "Já temos contratos com submarinos, helicópteros e na área espacial. Sempre dissemos que vai haver transferência de tecnologia", disse.

O presidente francês, porém, lembrou que o Brasil tem "liberdade" para fazer a escolha que quiser e no tempo que quiser.

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