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Ministro de Dilma se posicionou contrário a um referendo sobre a redução da maioridade penal. | Romero/Reuters
Ministro de Dilma se posicionou contrário a um referendo sobre a redução da maioridade penal.| Foto: Romero/Reuters

A presidente Dilma Rousseff orientou o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) a mobilizar a sociedade civil e os parlamentares para tentar impedir a aprovação da proposta de emenda à constituição que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal.

Dilma participou de uma reunião com o ministro Pepe Vargas (Direitos Humanos), a presidente do Conanda, Angélica Goulart, e o coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Carlos Nicodemus, na qual discutiu sobre a proposta que tramita no Congresso e sobre os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) . Após o encontro, Pepe afirmou que o governo irá se esforçar para mostrar aos cidadãos que a mudança não irá diminuir a violência.

“Essa não é uma questão do governo, é da sociedade brasileira. Nós confiamos de que quando o debate for colocado, quando tiver mais luz nesse debate, vai ficar claro que a redução da maioridade penal, ao invés de reduzir a violência, irá aumentá-la”, disse Pepe.

O ministro também voltou a afirmar que é contra a realização de um referendo sobre o tema como sugeriu o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Já a presidente do Conanda demonstrou preocupação com a possibilidade de a proposta ser votada ainda neste mês na Câmara. “Nós fomos completamente surpreendidos com a possibilidade de apresentação do relatório agora no dia 10. Estamos em estado de assembleia para ver como nós vamos fazer frente a essa mudança nos planos”, disse Angélica.

Entenda o caso

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha afirmou no domingo (31) que levará ao plenário, após a metade de junho, a discussão do projeto. Em seu perfil no Twitter, o deputado disse que a comissão especial da redução da maioridade penal deve concluir os trabalhos até o dia 15 deste mês e, imediatamente, ele levará a questão à Câmara.

“A próxima polêmica após a conclusão da reforma política será a redução da maioridade penal que votaremos até o fim de junho em plenário”, escreveu o peemedebista.

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