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Antonio Patriota vai comandar o Itamaraty no lugar de Amorim | Renato Araújo/ABr
Antonio Patriota vai comandar o Itamaraty no lugar de Amorim| Foto: Renato Araújo/ABr

Governadores

Tucanos decidem que não farão oposição

Agência Estado

Mais cooperação e menos oposição. Esse foi o entendimento de consenso tirado pelos oito governadores eleitos e reeleitos pelo PSDB, que participaram em Maceió de um encontro para tirar uma posição em comum com relação ao governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, do PT.

Segundo o presidente nacional do PSDB, senador pernambucano Sérgio Guerra, não cabe aos governadores fazer oposição ao governo federal. "Essa é uma tarefa partidária, que está mais afeita à bancada do partido na Câmara e no Senado. Mesmo assim, vamos fazer oposição de qualidade", afirmou Guerra.

Para o anfitrião do encontro, o governador Teotônio Vilela Filho, Alagoas sempre teve uma boa relação com o presidente Lula, mesmo sendo governado por um partido de oposição. "Com a presidente Dilma tenho certeza que não será diferente", acrescentou.

O governador de Goiás também adotou o mesmo discurso. "Não existe governo contra governo", afirmou Marconi Perillo. Além dele e do anfitrião, participaram do encontro mais seis governadores tucanos eleitos ou reeleitos neste ano: Geraldo Alckmin (São Paulo), Antonio Anastasia (Minas Gerais), Beto Richa (Paraná), Siqueira Campos (Tocantins), Simão Jatene (Pará) e Anchieta Júnior (Roraima).

  • Fernando Pimentel: amigo de Dilma ganha vaga no ministério

A presidente eleita, Dilma Rousseff, oficializou ontem os nomes de Antonio Patriota, no Ministério de Relações Ex­­­teriores; Fernando Pimen­­tel, no Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Aloizio Merca­­­dante, na Ciência e Tecnologia; além da permanência de Nelson Jobim, na Defesa. Dilma ainda confirmou a indicação de Giles Azevedo para o cargo de chefe de gabinete, que não tem status de ministério.Com os novos nomes, Dilma já confirmou 20 ministros – sendo dez do PT, seis do PMDB, um do PR e três sem filiação partidária. Entre esses futuros ministros, quatro perderam as eleições. Agora, ficam faltando as indicações de 17 ministérios.

Dilma queria indicar uma mulher para o Itamaraty, mas não encontrou nenhuma em condições de assumir o ministério. Por isso, optou por Patriota, de quem é próxima. Atualmente o ministério é comandado por Celso Amorim, um dos ministros mais longevos da gestão Lula.

Integrante do PT de Minas Gerais, Pimentel é considerado da cota pessoal de Dilma, de quem é amigo desde a adolescência. Pimentel foi derrotado, em outubro, na disputa ao Senado por Minas. Outros que perderam as eleições são Mercadante, Ideli Salvatti (PT-SC), ministra da Pesca, e o presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), que retomou o Ministério dos Transportes – os três acabaram derrotados na disputa aos governos de seus estados.

Cota pessoal

A continuidade de Jobim na Defesa foi uma sugestão do presidente Lula. Apesar de ser filiado ao PMDB, ele também en­­­trou na cota da petista. Depois de um desgaste com os peemedebistas, Dilma anunciou o espaço do PMDB: Agricultura, nas mãos de Wagner Rossi (atual ministro); Previdência, com o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN); Turismo, com o deputado Pedro Novais (MA); além de Edison Lobão, em Minas e Energia, e Moreira Franco, na Secretaria de Assuntos Es­­­tratégicos.

No governo Dilma, o PMDB sai menor do que no governo Lula. Perdeu Saúde, Integração Nacional e Comunicações. A expectativa dos peemedebistas é de que sejam recompensados no segundo escalão.

A presidente eleita escolheu petistas lulistas para a chamada cozinha do Planalto: Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Antonio Palocci (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça) e deslocou Paulo Bernardo do Plane­­jamento para as Co­­­municações. Outra petista, a deputada reeleita Maria do Rosária ficará com a Secretaria de Direitos Humanos.

Há alguns dias, Dilma confirmou sua equipe econômica: Guido Mantega, que permanece na Fazenda, Miriam Belchior, para o Planejamento, e Alexandre Tombini para o Banco Central.

Dilma continua conversando com os aliados. A expectativa é que sejam fechados nomes do PSB e do PCdoB.

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