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Crise

Dilma quer mudar relação com o PMDB, diz Renan Calheiros

Segundo líder do partido, presidente reconheceu a necessidade de alterar o tratamento a parlamentares da legenda. Ele negou que os peemedebistas queiram apenas cargos

O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), disse nesta terça-feira (13) que, na conversa que teve na segunda (12) com a presidente Dilma Rousseff, ela reconheceu a necessidade de alterar o tratamento dispensado a parlamentares do PMDB e de outros partidos da base aliada. Renan informou que a presidente quer "conversar mais, ouvir mais as pessoas", atendendo a expectativas que, segundo ele, prevalecem na bancada de seu partido. "A reclamação é em torno disso, as pessoas desejam ampliar um pouco seu papel (de aliado), e reclamam do acesso ao governo, dessa interlocução", explicou.

O líder deixou em suspense como se dará essa proximidade com Dilma. "Mas a presidente está disposta a conversar mais, marcar novas conversas". Calheiros disse que, na conversa de ontem, com a participação da ministra de Relações Institucionais da presidência, Ideli Salvatti, em nenhum momento foi comentada a rejeição no plenário do Senado da recondução do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Figueiredo.

"Ela (Dilma) basicamente comunicou que vai fazer o rodízio de líderes do governo", disse, referindo-se ao momento em que tomou conhecimento da substituição do atual líder Romero Jucá (RR), pelo senador Eduardo Braga (AM), ambos do PMDB. "Ela analisou os fatos, a coisa da bancada, da unidade, da questão do Senado, foi uma conversa ampla".

No entender de Calheiros, ao contrário do que foi cobrado no manifesto dos deputados, os senadores não cobram cargos mas, sim "ter um papel e mais espaço na definição das políticas do governo". "Nós não temos demandas, são questões diferentes e essa insatisfação da ANTT revelou um quadro de insatisfação no Senado", alegou, deixando claro que a reação não foi apenas de seu partido, mas igualmente de outras bancadas do bloco de apoio ao Planalto.

"Não é hora de procurar culpados, mas algumas bancadas atingiram um porcentual (de votos contrários) maior do que o PMDB", defendeu. Como prova, lembrou que apenas 31 senadores votaram a favor da mensagem da presidente Dilma (contra 36 contrários), num plenário com apenas 69 dos 81 senadores presentes, sendo que um deles se absteve.

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