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A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, acusou nesta terça-feira seu adversário, José Serra (PSDB), de querer acabar com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, responsável pelo gerenciamento de assentamentos e distribuição de terras.

Ela reafirmou a necessidade da realização da reforma agrária e a continuidade do programa de agricultura familiar.

"Tem gente propondo, o meu adversário, por exemplo, acabar com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o que é um absurdo, porque o Ministério do Desenvolvimento Agrário mostrou que a nossa política específica para a nossa agricultura familiar, para os pequenos, fez com que essa agricultura familiar se desenvolvesse", afirmou Dilma.

O discurso foi realizado durante ato em que recebeu o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) a sua candidatura. O movimento representa 20 milhões de trabalhadores rurais.

A candidata também fez críticas à atuação de governos anteriores na política de distribuição de terra. "Não adianta fazer reforma agrária como faziam nesse país no passado. Coloca a pessoa no fim do mundo, não dá estrada, não dá crédito", alegou Dilma a uma platéia de 400 participantes.

"Nós somos aqueles que respeitam todos os movimentos sociais. Não tratamos vocês na base da bordoada", disse, usando um boné da Contag.

Durante o evento, Dilma assumiu o compromisso de incorporar mais 2 milhões de trabalhadores rurais ao programa federal de agricultura familiar (Pronaf).

A Contag, durante o ato de apoio, apresentou à petista um documento de 12 páginas, com sugestões a serem incorporadas pela plataforma de governo de Dilma.

Entre as reivindicações estão a intensificação e aprimoramento da reforma agrária e o fortalecimento da agricultura familiar, além do apoio à política nacional de valorização do salário mínimo e a institucionalização das políticas sociais.

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