
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (3) repudiar “o uso abusivo de vazamentos como arma política” e afirmou que é preciso apurar a divulgação de parte do conteúdo da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Segundo a presidente, esse tipo de prática “não contribui para a estabilidade do país”.
Informações divulgadas pelo site da revista “IstoÉ” e confirmadas pela reportagem dão conta que o senador fechou um acordo de delação em que implica Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em nota assinada pela própria presidente, Dilma afirma que seu governo tem se pautado “pelo combate à corrupção” e pela “defesa dos princípios que regem o Estado Democrático de Direito”.
Por isso, afirma Dilma, “vazamentos apócrifos, seletivos e ilegais devem ser repudiados e ter sua origem rigorosamente apurada, já que ferem a lei, a justiça e a verdade”.
Sem citar o nome de Delcídio, a presidente diz que, “se há delação premiada homologada e devidamente autorizada”, é “justo e legítimo” que o teor seja conhecido pela sociedade. “No entanto, repito, é necessária a autorização do Poder Judiciário”, completa.
A ordem inicial no Palácio do Planalto é descredenciar o senador, repetir que ele falou mentiras “em outras ocasiões”, e que, portanto, “não tem credibilidade” para dar informações e que o vazamento de sua delação é “crime”, o que pode, segundo fala-se nos bastidores do governo, anular a homologação de seu conteúdo pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na corte.



