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A presidente Dilma Rousseff participa nesta terça-feira (8) de uma reunião com a coordenação política do governo. Entre os temas da reunião de hoje, integrada, entre outros, pelos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa), José Eduardo Cardozo (Justiça), e Ricardo Berzoini (Comunicações), estão formas de reduzir o déficit orçamentário de R$ 30,5 bilhões previsto para 2016.

O vice-presidente Michel Temer viajou para São Paulo na tarde de ontem, após acompanhar, ao lado de Dilma, o desfile do 7 de setembro. Ele retornará a Brasília no fim da manhã de hoje. Desde que deixou a articulação política do governo, há 20 dias, o vice não tem participado das reuniões da coordenação, que ocorrem semanalmente.

À noite, porém, Temer reunirá, no Palácio do Jaburu, os governadores do PMDB e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para traçar estratégias de socorro aos estados que também enfrentam dificuldades com a falta de recursos. Dos sete governadores peemedebistas, apenas Jackson Barreto (Sergipe) não comparecerá, pois está de licença médica. Confirmaram presença os governadores Luiz Fernando Pezão (Rio), José Ivo Sartori (Rio Grande do Sul), Paulo Hartung (Espírito Santo), Renan Filho (Alagoas), Confúncio Moura (Rondônia) e Marcelo Miranda (Tocantins).

Em pronunciamento neste domingo, por ocasião do Dia da Independência, Dilma falou em “remédio amargo” para combater a crise econômica e sinalizou com revisão de todas as medidas e programas do governo. Ela resiste em cortar recursos de programas sociais, em posição oposta ao ministro Joaquim Levy (Fazenda), que defende internamente redução drástica de gastos públicos. Dilma tem defendido em aumento de receita em vez de cortes de despesas. Chegou a cogitar há duas semanas a recriação da CPMF, mas o tema morreu por absoluta falta de apoio.

A volta da contribuição foi mais um motivo de conflito entre a presidente e o vice que, além de ser contra, não foi consultado sobre o assunto.

Os governistas também irão analisar a investigação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal no último sábado de dois ministros: Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil). Ambos foram citados em delação premiada feita pelo empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC e Constran. O empreiteiro alega ter dado dinheiro proveniente de caixa dois para as campanhas de Mercadante ao governo de São Paulo em 2010, e para a reeleição de Dilma a Edinho, à época, tesoureiro da campanha petista. Ao ser comunicada sobre as investigações no fim de semana, Dilma defendeu seus ministros. Um auxiliar palaciano relatou ao GLOBO que a presidente disse que “não tem fundamento alguém ser investigado por uma frase que ninguém prova”.

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