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Odebrecht está preso desde junho de 2015. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Odebrecht está preso desde junho de 2015.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Reportagem da revista Veja, deste final de semana, mostra que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) será o principal alvo da delação premiada do empresário Marcelo Odebrecht. Segundo a publicação, o empresário que está preso desde junho do ano passado condenado a 19 anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa, confirmará aos investigadores da Operação Lava Jato que a reeleição de Dilma foi financiada com propina depositada em contas no exterior.

De acordo com a Veja, as investigações da Operação Lava Jato já rastrearam o repasse de US$ 3 milhões da empreiteira para uma conta na Suíça do marqueteiro João Santana, responsável pelas três últimas campanhas presidenciais do PT. A investigação da Lava Jato também descobriu que outros R$ 22,5 milhões foram pagos a Santana em dinheiro vivo. O pagamento aconteceu, de acordo com a revista, entre outubro de 2014, quando Dilma conquistou o segundo mandato, e maio de 2015.

Dilma pediu propina de R$ 12 mi para Odebrecht, afirma revista

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Segundo a revista apurou, Odebrecht dirá que os detalhes do financiamento eleitoral foram combinados com Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete da presidente afastada. O ex-secretário particular da petista, Anderson Dorneles, também será citado por Marcelo Odebrecht. Segundo a revista, Dorneles pediu um ajuda financeira e repasses mensais de R$ 50 mil teriam sido feitos a “um laranja”. Douglas Franzoni, de Anderson para serem entregues a ele.

Procurados pelo Globo, a presidente afastada, Dilma Rousseff, Giles, Anderson e Douglas ainda não responderam.

Pelo menos 50 altos funcionários da Odebrecht devem fechar acordos de delação premiada, diz a revista. Eles fornecerão detalhes do pagamento de propina a políticos do país, entre eles governadores e senadores, segundo a publicação.

A delação de Marcelo Odebrecht, segundo a revista, listará entre seus beneficiários de seu “caixa clandestino” o senador Romero Jucá. Jucá, de acordo com a publicação, era remunerado por acolher emendas de interesse da Odebrecht em seus relatórios sobre os principais projetos em tramitação no Senado. Dois ministros de Temer também serão citados; Geddel Vieira Lima (secretaria de governo) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).

Ainda segundo a publicação, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, também será citado por ter recebido recursos “por fora” para sua campanha presidencial, exatamente como Dilma.

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