
A campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff usará como mote a ideia de que o governo do PT "fez, faz e fará" o Brasil avançar. O slogan já apareceu no programa petista que foi ao ar na televisão no fim de setembro. E a estratégia para consolidar essa percepção no eleitorado já vem sendo executada. O objetivo é recuperar a imagem de gestora de Dilma, desgastada desde os protestos de junho.
Na semana que passou, o governo celebrou os dez anos do Bolsa Família, numa ação para relembrar o "sucesso" do que já foi feito. O resgate de outros legados do PT na Presidência o Prouni e o financiamento estudantil, por exemplo deve ser reforçado na comunicação do governo e do partido.
Presente
Na área do que está sendo realizado, entram ações e programas como o Mais Médicos, a liberação expressiva de verba para obras de mobilidade urbana, a destinação dos royalties do pré-sal para a saúde e educação, a modernização de portos e aeroportos e a intensificação dos investimentos em infraestrutura. A aceleração das obras, por sinal, foi o assunto da reunião ministerial convocada por Dilma para este sábado pela manhã uma reunião estrategicamente marcada para um feriado, numa mostra de que o governo está trabalhando.
Dilma também reforçou a agenda de viagens e vai agora visitar mais o Nordeste região do governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos. Em meados deste mês, ela visitará as atrasadas obras de transposição do Rio São Francisco para mostrar que elas estão andando.
Futuro
O objetivo dessas ações é mostrar ao eleitor que quem fez e está fazendo continuará a promover melhorias na vida da população. Também estão sendo "gestados" novos programas para a estratégia do "fará". Isso porque, em pesquisas de opinião encomendadas pelo PT, o brasileiro médio costuma elogiar ações do governo, mas questiona: "Além disso, tem mais o quê?". Uma das propostas para dar esse algo a mais ao eleitor já está em estudo no governo: a ampliação da escola em tempo integral.
O Planalto e o PT estão cientes, porém, que a estratégia da reeleição pode não funcionar se a economia desandar. Por isso estão sendo estudadas medidas para estimular a atividade produtiva sem aumentar a inflação.



