Os financiamentos privados nas eleições brasileiras têm crescido e, em 2006 e 2008, ficaram em R$ 4,6 bilhões, segundo pesquisa do Instituto Ethos divulgada no fim da última semana. As eleições municipais de 2008 custaram R$ 2,8 bilhões, valor bem mais alto que a eleição federal (para presidente, senador e deputado federal), estimada em R$ 824 milhões e estadual (para governadores e deputados estaduais), que custou R$ 924 milhões. Em 2008, os investimentos privados no pleito municipal foram quase o triplo que o de 2004, quando somaram de cerca de R$ 1 bilhão. Os dados foram obtidos com as prestações de contas dos candidatos e comitês financeiros. Não incluem, portanto, valores não declarados pelos políticos e partidos. O Instituto Ethos revelou também que as mil maiores empresas brasileiras investiram cerca de R$ 500 milhões nas campanhas eleitorais de 2006 e 2008 e que preferiram investir em partidos grandes.
Aliás...
O PSDB foi o partido que mais recebeu doações das maiores empresas brasileiras, com 24,2% da preferência, seguido do PT (com 21,2%), PMDB (com 15,2% da preferência) e DEM (13,2%). Quando se analisa o quadro das doações feitas por todos os tipos de doadores, o PSDB continua sendo o partido preferido para receber recursos, com 17,8% da predileção, seguido do PT (16%), PMDB (15,8%) e DEM (10,5%).
Agenda
O presidente Lula adotou a prática de combinar agenda de governo com eventos da sua candidata, Dilma Rousseff, e dos aliados nos estados. Na sexta-feira, depois de participar de atos oficiais em Feira de Santana (BA) e Caetés (PE), o presidente encerrou a noite com um encontro com prefeitos de Pernambuco, ao lado de Dilma e do governador Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição. No fim da próxima semana, o presidente aproveitará a agenda no Sul do país para novamente fazer campanha para Dilma. Ele estará no dia 31 em Curitiba, onde deve participar de um comício ao lado de Dilma e do candidato ao governo do estado Osmar Dias (PDT).
Estimação 1
Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que estabelece critérios para definir de quem é guarda dos animais de estimação em caso de separação judicial ou divórcio sem acordo entre as partes. A proposta, de autoria do deputado Márcio França (PSB-SP), determina que a guarda fica assegurada a quem comprovar ser o legítimo proprietário do animal por meio de documento considerado válido por um juiz. Caso não exista esse registro, a guarda é concedida a quem demonstrar maior capacidade para cuidar do bicho.
Estimação 2
O Projeto de Lei 7196/10 também prevê a possibilidade de guarda compartilhada. Neste caso, ambas as partes devem provar que podem oferecer um ambiente adequado para a mascote. Nessa situação, devem ser estabelecidas as obrigações de cada ex-cônjuge no período em que estiver com o animal. O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda precisa ser analisado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Constituição e Justiça. As informações são da Agência Câmara.
Cancelado
O debate entre os candidatos a presidente organizado por quatro portais de internet (IG, MSN, Terra e Yahoo), que aconteceria na segunda-feira, foi cancelado depois que o tucano José Serra desistiu de participar. A petista Dilma Rousseff já havia avisado que não iria. Somente Marina Silva, do PV, confirmou presença. Depois de semanas pregando que debates são importantes para apresentação de propostas e ideias ao eleitor, o tucano mostrou-se incomodado ao tocar no assunto. "Houve realmente um problema sério de agenda", afirmou, sem dar mais detalhes.
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Pinga-fogo
"O Brasil vem sendo construído. Quem mais se aproveitou disso do ponto de vista eleitoral foi o PT, que ganhou a eleição, com base nas condições que foram criadas anteriormente."
Do presidenciável José Serra (PSDB), durante encontro político com apoiadores em Blumenau (SC), na última sexta-feira.
