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Justiça Eleitoral

Diplomada, Dilma promete defender liberdade de imprensa

Presidente eleita deve fechar ministério na próxima semana; Alexandre Padilha ficará com a pasta da Saúde

Diplomação: Dilma e Michel Temer receberam documento oficial da eleição das mãos do presidente do TSE, Ricardo Lewandowski | Carlos Humberto/TSE
Diplomação: Dilma e Michel Temer receberam documento oficial da eleição das mãos do presidente do TSE, Ricardo Lewandowski (Foto: Carlos Humberto/TSE)
Beto Richa recebeu o diploma ao lado de seu vice, Flávio Arns: governador eleito voltou a dizer que está preocupado com o estado das finanças do Paraná |

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Beto Richa recebeu o diploma ao lado de seu vice, Flávio Arns: governador eleito voltou a dizer que está preocupado com o estado das finanças do Paraná

A presidente eleita, Dilma Rousseff, foi diplomada ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a promessa de defender a liberdade de imprensa e de culto. Dilma reafirmou, ainda, o compromisso com a estabilidade econômica. Na mesma cerimônia, o vice Michel Temer também foi diplomado.Num discurso curto, de seis minutos e meio, Dilma destacou algumas das prioridades de sua futura gestão, como a educação, a segurança das comunidades e a saúde de todos os brasileiros. Ao lembrar que é a primeira mulher eleita presidente da República, disse que vai se empenhar em honrar seus compromissos, cuidar dos mais frágeis e governar para todos.Dilma exortou o povo brasileiro a trabalhar a seu lado. "Conto com todos e todas. E todos e todas podem contar comigo", insistiu. Por um momento, pareceu que ia chorar e fez uma pausa, mas segurou as lágrimas. Emocionada, afirmou que sua eleição "rompe os preconceitos, desafia os limites e enche de esperança um povo sofrido."

Com um vestido e blazer azul – enfeitado com renda em tom de vinho –, Dilma recebeu o diploma das mãos do presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski. "O TSE declara que ambos (Dilma e Temer) encontram-se legalmente aptos a tomar posse perante o Congresso Nacional, respectivamente, nos cargos de presidente e vice-presidente da República, com todos os direitos e deveres a eles inerentes", afirmou Lewandowski.

Para a cerimônia, a presidente eleita convidou a mãe, Dilma Jane, e a filha, Paula. Também foram chamados os ministros já escolhidos, os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), além dos três coordenadores de sua campanha, apelidados de "três porquinhos": Antonio Palocci, futuro ministro da Casa Civil, José Eduardo Cardozo, que assumirá a Justiça, e o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Dilma também levou para a cerimônia a jornalista Maria Olga Curado, responsável pelos exercícios de aikidô que garantiram tranquilidade à candidata, durante a campanha.

A futura presidente não se esqueceu de Lula, que bancou a candidatura dela, conseguiu transformar em votos a sua popularidade e a elegeu. Disse que tem consciência de que será muito difícil suceder ao presidente que, na sua avaliação, chegou à Presidência pela ousadia do povo brasileiro.

A presidente eleita disse que qualquer estratégia política e econômica só será efetiva caso se "reflita diretamente na vida de cada trabalhador, de cada empresário, de cada família". O diploma presidencial recebido por Dilma foi feito pela Casa da Moeda do Brasil. Diz: "Pela vontade do povo brasileiro, expressa nas urnas em 31 de outubro de 2010, a candidata pela Coligação "Para o Brasil Seguir Mudando", Dilma Vana Rousseff, foi eleita presidente da República do Brasil.

Comemoração

O presidente Lula chegou acompanhado de Dilma e Temer ao coquetel no Itamaraty, realizado após a diplomação de ambos. Ao subir a escadaria para o salão Brasília, o presidente não quis falar, afirmando ser o dia de Dilma. Apenas posou para fotos. Ao seu lado, a primeira-dama, Marisa Letícia, brincou: "Quando ele está comigo não fala". Já a presidente eleita, perguntada se a escolha de ministros estava perto final, disse que estava "quase".

Foram distribuídos 400 convites para o coquetel, somando cerca de 800 pessoas. Entre os convidados, ministros, futuros ministros e ex-ministros, parlamentares, empresários e políticos ligados ao PT e partidos aliados, diplomatas. Estavam na lista de Dilma o atual presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, que será responsável pelo Instituto de Lula; o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, ministros já confirmados no cargo, como Nelson Jobim, da Defesa; José Eduardo Cardozo, da Justiça; e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente. E também outros que gostariam de ficar, como Juca Ferreira, da Cultura.

Saúde

A presidente eleita já avisou ao ministro Alexandre Padilha, que hoje responde pelas Relações Institucionais, que ele será o futuro ministro da Saúde. Ela deve oficializar a decisão na próxima segunda-feira, quando espera anunciar o restante de sua equipe.

O anúncio ainda não foi feito pois Dilma estuda quem nomear no lugar de Padilha. Ela tende a convidar o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), mas tem sido aconselhada a analisar o nome do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Como líder do governo Lula, Vaccarezza é considerado um nome com mais experiência nas negociações de interesse do Executivo. Conta contra ele, porém, ter colecionado atritos no cargo. Vaccarezza perdeu para Marco Maia (PT-RS) a disputa dentro do PT de quem seria o candidato da sigla a presidente da Câmara.

Pesa a favor de Luiz Sérgio o fato de ser o representante do Rio na cota petista no ministério de Dilma.

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