
O ex-ministro José Dirceu iria passar a noite desta segunda-feira (3) na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, apesar da decisão do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a transferência para Curitiba. O deslocamento será realizado nesta terça-feira (4), mas ainda não há um horário previsto.
De acordo com o delegado da PF responsável pela prisão de Dirceu, Luciano Flores de Lima, apesar da decisão do STF, de autorizar a transferência do ex-ministro, não havia mais condições logísticas para o deslocamento na noite da segunda-feira.
Mal-estar
O delegado disse que Dirceu chegou na PF se queixando de mal-estar. Foi então solicitada a presença de um médico da confiança do ex-ministro, que constatou pressão alta. Medicado, o ex-ministro ficou bem.
Lima informou também que Dirceu se alimentou como os demais presos, com a diferença de que sua comida estava sem sal, devido ao diagnóstico de pressão arterial alta. Ele relatou ainda que o ex-ministro se manteve calmo o tempo todo. “Ele já estava esperando [a prisão] e disse que todos os dias havia jornalistas na frente da casa dele”, disse o delegado da PF.
Segundo Lima, não foi preciso realizar o exame de corpo de delito, porque o médico que examinou Dirceu emitiu um atestado que substitui o exame.
O ex-ministro recebeu a visita de sua companheira, Simone Patricia Tristão Pereira, que levou roupas, inclusive de cama.
O ex-ministro foi levado para a Superintendência por volta das 8h desta segunda depois de ter sido preso por ordem do juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na 1.ª instância. O irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo, também foi preso nesta fase da Lava Jato, batizada de ‘Pixuleco’. A defesa de Dirceu classificou a prisão como “desnecessária” e disse que vai recorrer.



