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Eleições 2014

Disputa para o Senado ainda é mistério em vários estados

Com apenas uma vaga em jogo em cada estado, caciques se enfrentarão sem favoritismo. Exceção é Minas, onde Anastasia é tido como barbada

Plenário do Senado: alvo da cobiça de caciques estaduais terá disputa intensa em vários estados | Jonas Pereira/Agência Senado
Plenário do Senado: alvo da cobiça de caciques estaduais terá disputa intensa em vários estados (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)

A poucos meses das convenções partidárias de junho, em que serão marcadas as posições de cada jogador no xadrez eleitoral deste ano, ainda predomina um amplo cenário de indefinição a respeito dos principais candidatos ao Senado. Essas candidaturas dependem mais da formalização de acertos estaduais e não seguem obrigatoriamente a lógica dos acordos que devem prevalecer em nível federal, onde, por exemplo, PT e PMDB devem repetir a dobradinha na campanha à reeleição de Dilma Rousseff.

Com apenas uma vaga para o Senado nas eleições deste ano em cada estado — em 2018, duas vagas estarão em jogo —, vários caciques políticos estarão se enfrentando nas urnas. E, na maioria dos casos, não há sequer favoritos bem definidos. Por enquanto, Minas Gerais é o único estado no qual desponta o favoritismo de um candidato ao Senado: o governador tucano Antônio Anastasia já vem sendo apontado como vitorioso.

O cenário de favoritismo do tucano é comprovado pela dificuldade que os demais partidos enfrentam para encontrar nomes que estejam à disposição para disputar contra o governador. Avaliam que entrar nessa disputa seria ir para o sacrifício. Na semana passada, no entanto, o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar, surgiu como possível rival de Anastasia.

Nos outros dois maiores colégios eleitorais, São Paulo e Rio de Janeiro, o cenário ainda está em fase embrionária. No Rio, o senador Francisco Dornelles (PP) ainda tem esperanças de conquistar novo mandato, mas, segundo interlocutores do PP, já avisou que não entraria na disputa para concorrer contra o governador Sérgio Cabral (PMDB), que já se lançou pré-candidato. Neste caso, seu partido poderia indicar a vice na chapa do pré-candidato do PMDB ao governo do Rio, Luiz Fernando Pezão.

Em São Paulo, Eduardo Suplicy, que já está no terceiro mandato de senador, deve ser confirmado como o candidato do PT, se a vaga não entrar nas negociações que vêm sendo encaminhadas entre o partido e legendas aliadas dentro do esforço comandado pelo ex-presidente Lula para eleger o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como sucessor do tucano Geraldo Alckmin. Nesse cenário indefinido, outros nomes de peso aparecem: o PSD, de Gilberto Kassab, concorrerá com Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central. Já entre os tucanos, o nome do ex-governador e ex-candidato à Presidência José Serra, que já não se apresenta mais como alternativa ao Planalto, também aparece como importante alternativa no estado.

Ex-presidentes

O senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) tentará a reeleição por alagoas com apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e poderá ter novo embate nas urnas com Heloísa Helena. A ex-senadora foi eleita vereadora em Maceió pelo PSol, mas sonha em voltar ao Senado. Outro ex-presidente da República que poderá tentar a reeleição como senador é José Sarney (PMDB-AP), que não definiu ainda se irá se candidatar novamente, a despeito de pressão de parte do PMDB para que ele mantenha a vaga para o partido.

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