
Duas chapas, encabeçadas pelo deputado estadual Stephanes Júnior, presidente interino do partido, e pelo deputado federal João Arruda, disputam o comando do diretório do PMDB de Curitiba. Quem vencer terá a missão de reestruturar o partido em âmbito municipal. Mesmo tendo um senador, três deputados federais e cinco deputados estaduais domiciliados na cidade, o PMDB elegeu apenas uma vereadora nas últimas eleições.
As duas chapas refletem a divisão interna do PMDB estadual entre o grupo de Requião, o grupo de Orlando Pessuti e o grupo dos deputados estaduais, que apoia o governador Beto Richa (PSDB). Arruda, aliado e sobrinho do senador, tem o apoio da primeira facção, enquanto Stephanes tem o apoio das outras duas também aliadas em âmbito estadual.
Logo, a convenção pode ser encarada como um aperitivo para a convenção estadual que, no meio do ano, deve definir qual o rumo do PMDB deve tomar nas eleições de 2014. O efeito prático é pequeno, já que o diretório elege apenas doze delegados de cerca de 600, mas há um valor simbólico em disputa.
Stephanes acredita que uma eventual vitória sua pode influenciar nos rumos do partido. "Acho que [uma vitória de sua chapa] enfraquece o Requião. Não define o que nós vamos fazer, mas é um símbolo sim", afirma. Já Arruda acredita que são duas batalhas completamente distintas. "Não acredito nisso. Essa é uma eleição do PMDB de Curitiba, não para tratar das eleições deste ano. Por isso que fiz questão de inscrever a chapa e fortalecer a democracia interna do partido", afirma o deputado.
O partido vem perdendo vereadores na cidade. Hoje, Noêmia Rocha é a única parlamentar da legenda, que disputou as eleições com uma chapa pura. Apenas cinco candidatos que fizeram mais do que mil votos, número baixíssimo o total de votos da legenda foi de apenas 29 mil.
As propostas de Arruda e Stephanes para fortalecer o partido são bastante parecidas. Os dois falam em reestruturar a estrutura de zonais do partido representação da legenda nas diferentes regiões da cidade e atrair novos quadros, com capacidade de disputar eleições e recuperar o espaço perdido pela legenda nos últimos anos.



