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Dividido, PMDB ignora recesso na briga pela liderança do partido

Leonardo Picciani: atual líder peemedebista na Câmara apoia o Palácio do Planalto. | Luiz Alves/Câmara Federal
Leonardo Picciani: atual líder peemedebista na Câmara apoia o Palácio do Planalto. (Foto: Luiz Alves/Câmara Federal)

Nem mesmo as festas de fim de ano foram suficientes para esfriar as articulações pela liderança do PMDB na Câmara. O maior partido da base aliada do governo definirá em fevereiro se o comando da bancada permanecerá nas mãos de um aliado da presidente Dilma Rousseff durante o processo de impeachment, ou se será entregue ao grupo dissidente que defende o afastamento do partido do Palácio do Planalto.

Há pressão da cúpula da legenda para que Leonardo Picciani (PMDB-RJ) fique fora da disputa, mas o atual líder, que tem apoio do Planalto, pretende brigar pelo cargo. “Vou ser o candidato e minha proposta é de buscar unidade, respeitar as posições. Sei que nesse momento não há unidade, mas disputarei e tenho a convicção de que unificarei a bancada.”

Já os deputados oposicionistas pressionam Picciani para que marque já a data e decida a forma como a eleição será feita. Para dificultar a recondução do atual líder, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretende cobrar a aplicação de um suposto acordo segundo o qual a recondução só poderá ocorrer por dois terços dos votos da bancada. Picciani nega que exista esse acordo e diz que, para voltar a ocupar a liderança do partido em 2016, basta alcançar a maioria dos votos. No início de 2015, Picciani venceu Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) por um voto.

Após o episódio da destituição e retomada do posto por Picciani, os peemedebistas anti-Dilma querem emplacar um candidato da bancada de Minas Gerais para a vaga, mas encontram dificuldades porque os sete deputados mineiros têm posições divergentes. O argumento é que, proporcionalmente, Minas foi o estado menos atendido pelo governo na distribuição de cargos relevantes, inclusive na Esplanada dos Ministérios. Entretanto, ainda não há um nome definido, devido a uma disputa interna entre os mineiros.

“Nosso movimento é oferecer a liderança a Minas Gerais. Está na hora de unir o partido, e Picciani não é o nome para unir. Ele desuniu a bancada, colocou os interesses dele e do estado dele acima dos interesses da bancada”, critica Lúcio Vieira Lima.

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