Duas mulheres de Campinas foram contaminadas com o vírus HIV, que provoca a Aids, após transfusões de sangue. Em 24 anos de existência do programa DST/Aids, Campinas registra agora cinco casos de contaminação. A confirmação dos casos deixou em alerta os 350 hemofílicos da região de Campinas que utilizam o procedimento no controle da doença.
De acordo com a coordenadora do programa DST/Aids da prefeitura de Campinas, Maria Cristina Hilário, o doador do sangue contaminado era conhecido dos funcionários do banco de sangue e teria passado por exames antes da doação.
- Todas as medidas foram tomadas, mas os testes disponíveis no banco de sangue não foram capazes de detectar a presença do vírus na bolsa do doador - diz Maria Cristina.
Ainda segundo ela, uma investigação feita após as contaminações também não estabeleceu falha humana ou falha nos testes do sangue como motivos das contaminações. Para a presidente da Associação dos Hemofílicos da Região de Campinas, Rosângela de Oliveira, o registro das contaminações "é assustador para quem está exposto às transfusões".
De acordo com o diretor do hemocentro da Unicamp, Wagner Castro, o controle das doações é rigoroso, mas apesar disso, o doador deve ser sincero na entrevista realizada antes da doação.
A coordenador do programa DST/Aids afirma que os testes para detecção do vírus HIV estão cada vez melhores e já é possível fazer a detecção com apenas 15 dias após a contaminação. As duas mulheres contaminadas estão recebendo auxílio médico e psicológico do programa.



