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Brasília

“É cachorro correndo atrás do rabo”, diz Renan sobre ajuste fiscal

Presidente do Senado chamou medidas defendidas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de ‘tacanhas’ e ‘insuficientes’

Em pronunciamento na TV, neste domingo (19), para fazer um balanço das ações no Senado no primeiro semestre, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) fez duras críticas ao ajuste fiscal do governo Dilma. Chamou as medidas propostas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de “tacanhas” e “insuficientes”.

“O ajuste é insuficiente e tacanho. Até aqui, quem pagou a conta foi o andar de baixo. Esse ajuste sem crescimento econômico é cachorro correndo atrás do rabo, circular, irracional e não sai do lugar. É enxugar gelo até ele derreter. É preciso cortar ministérios, cargos comissionados, fazer a reforma do Estado e acabar com a prática da boquinha e apadrinhamento”, declarou Renan, em pronunciamento de 16´57, que foi ao ar na TV Senado.

Renan chamou de “filme de terror” as crises política e econômica que o país enfrenta. Sem citar em nenhum momento o nome da presidente Dilma Rousseff, afirmou que o governo ignorou o pacto pelo trabalho proposto pelo Congresso, que trabalhou para minimizar as perdas dos trabalhadores e aposentados na aprovação do pacote de medidas do ajuste fiscal, que restringiram a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários.

“Estamos na escuridão assistindo a um filme de terror sem fim e precisamos de uma luz indicando que o horror terá fim. O país pede isso todos os dias.”

Renan projeta um segundo semestre difícil e que o Congresso é contra qualquer medida do governo de aumento de impostos. Disse que a sociedade está no seu limite. “Não diria que será um agosto ou um setembro negro, mas serão meses nebulosos. Os resultados do ajuste são modestos, muito aquém do prometido. O Congresso, majoritariamente, é refratário a aprovar novos tributos ou impostos. A sociedade já está no seu limite suportável com tarifaços, inflação e juros. Estamos num momento aterrador (…). Uma retração na economia. O ajuste está se revelando um desajuste social. Ele é um fim em si mesmo. Ele nem aponta, nem sinaliza, nem indica, nem sugere quando o país voltará a crescer”, afirmou.

O presidente do Senado disse que os congressistas não serão “agentes da instabilidade” e que irão contribuir para proporcional tranquilidade e estabilidade.

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