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‘É mais fácil matarem Dirceu do que ele fazer uma delação’, diz advogado

Roberto Podval afirmou também que não há chances do irmão do petista fazer acordo

Roberto Podval, responsável pela defesa de José Dirceu: sem delações premiada. | Wilson Dias/Agência Brasil
Roberto Podval, responsável pela defesa de José Dirceu: sem delações premiada. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O advogado do ex-ministro José Dirceu, Roberto Podval,descartou a possibilidade do petista fazer um acordo de delação premiada. “É mais fácil matarem Dirceu do que ele fazer uma delação premiada”, disse Podval à reportagem.

O criminalista também afirmou que não há chances do irmão do petista, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, firmar uma negociação com o Ministério Público Federal. Os dois estão presos desde segunda-feira (3), quando foram alvos da 17º fase da Operação Lava Jato, batizada de “Pixuleco”.

Na manhã desta terça-feira (5), a colunista Mônica Bergamo publicou uma mensagem enviada por Dirceu à coluna afirmando que não cogitava fazer um acordo de delação. “Primeiro porque não tenho o que delatar. Segundo porque não tem nada a ver com minha vida e trajetória”, disse o ex-ministro.

A defesa de José Dirceu recebeu a informação de que o depoimento do petista não deve ser marcado para esta semana pela Polícia Federal.

O próximo passo dos advogados que defendem o ex-ministro é entrar com um Recurso Extraordinário Constitucional contra o habeas corpus negado a Dirceu pelo Tribunal Regional Federal.

‘Pixuleco’

Dirceu foi apontado pelo Ministério Público Federal como um dos responsáveis pela criação do esquema de corrupção na Petrobras.

“Chegamos a um dos líderes principais, que instituiu o esquema, permitiu que ele existisse e se beneficiou dele”, disse o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos responsáveis pelas investigações.

Os procuradores da Lava Jato apontam Dirceu como responsável pela indicação do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que foi responsável pela negociação de contratos de obras da Petrobras de 2003 a 2012 e é acusado de cobrar propina dos fornecedores da estatal.

O procurador Lima afirmou que o esquema de corrupção na Petrobras reproduziu características do mensalão, porque parte do dinheiro abasteceu políticos do PT e de outros partidos governistas. “O DNA é o mesmo: compra de apoio partidário”, disse.

Para ele, o esquema foi “sistematizado” no governo Lula. Questionado se o ex-presidente também seria investigado, Lima disse que “nenhuma pessoa no regime republicano está isenta de ser investigada”.

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