Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
câmara

Eduardo Cunha não acredita que vetos sejam votados nesta quarta

Para presidente da Câmara, Renan não teve ‘má vontade’ ao deixar de incluir veto sobre doações de empresas

Eduardo Cunha bateu de frente com o Renan Calheiros: briga pode adiar votação de vetos. | Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
Eduardo Cunha bateu de frente com o Renan Calheiros: briga pode adiar votação de vetos. (Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira (30) que não acredita na votação do veto ao reajuste dos servidores do Poder Judiciário nesta manhã devido à falta de acordo sobre a inclusão dos vetos relativos à lei eleitoral na pauta da sessão do Congresso, marcada para as 11h30. Cunha disse que não houve “má vontade” do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao decidir não incluir os vetos eleitorais na pauta.

Para o presidente da Câmara, Renan enfrentou a resistência dos líderes do Senado à proposta de inclusão, enquanto que ele, na Câmara, teve que respeitar a decisão dos líderes dos partidos de obstruir a sessão do Congresso devido à posição de Renan. Ele disse que a votação do veto do reajuste e outros, se não houver uma mudança na postura de Renan, deve ficar para a próxima semana.

“Ele [Renan] disse que ia ver, mas depois não comunicou. Só conheci publicamente sua posição, a mim não falou. Não credito à nenhuma má vontade, credito que não deve ter tido as condições perante os líderes do Senado para poder fazê-lo, da mesma forma que não tenho condições de fazê-lo perante os líderes da Câmara de fazer diferente do que está acontecendo. Então, cada um tem sua circunstância, a sua dificuldade. Se houver essa possibilidade de acordo, pode ser que haja [sessão do Congresso]. Se não, deve ficar para a semana que vem”, disse Eduardo Cunha.

O presidente da Câmara repetiu que o problema não é votar o veto ao reajuste do Judiciário e sim que não estão na pauta os vetos sobre doações de empresas e voto impresso nas eleições. “O combinado é que a gente faria sessão hoje para que não tivesse Congresso. Todos os vetos que vierem com relação à lei eleitoral, eles queriam ter a oportunidade de apreciar antes do prazo de um ano antes das eleições. Como não houve acordo para isso, os líderes decidiram obstruir”, disse ele.

Ele defendeu o voto impresso e disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem orçamento próprio para arcar com essa despesa.“A democracia tem o seu preço. A manutenção, a estabilidade, a transparência da democracia precisa ter o seu preço. Então, o plenário tem que decidir: se vale mais a pena ter essa despesa, quem sabe cortar outra despesa, que fosse uma despesa menos importante do que garantir a transparência das eleições”, afirmou Cunha.

Vetos

Eduardo Cunha disse ainda que a votação dos vetos não pode estar vinculada ao anúncio da reforma ministerial. “Uma coisa não pode estar vinculada à outra”, disse ele. A presidente Dilma Rousseff está fechando o novo desenho dos ministérios.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.