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Os tucanos Beto Richa e Flávio Arns celebrando durante a cerimônia de posse na Assembleia | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Os tucanos Beto Richa e Flávio Arns celebrando durante a cerimônia de posse na Assembleia| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Poucas faixas e ônibus de graça

Mais da metade das 2.300 pessoas que acompanharam a posse do governador Beto Richa, ontem pela manhã, no Palácio Iguaçu, eram autoridades.

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Em seu discurso de posse ontem na Assembléia Legislativa, o governador Beto Richa (PSDB) definiu que a área da educação será a maior prioridade da sua administração. Entre as mudanças estão o aumento no repasse aos municípios para pagamento de transporte escolar. Além disso, a pasta não vai sofrer com a redução de 15% nos gastos de custeio que será imposta a maioria das outras secretarias. "Se a educação vai bem, todas as outras áreas podem avançar na mesma proporção", afirmou o tucano.

O setor educacional ganhou esse status ainda na campanha eleitoral, depois de Richa ter sido bastante criticado por uma declaração polêmica feita para professores em Apucarana (região central). Ele teria dito que iria exonerar chefes de núcleos educacionais que lhe faziam oposição. Após o episódio, o tucano assumiu compromissos com os professores e indicou o então candidato a vice-governador Flávio Arns para ocupar a Secretaria da Educação.

Ontem, após a posse, Beto e Arns prometeram valorizar os profissionais da educação e aumentar o investimento da pasta. "O repasse para as prefeituras [para pagamento do transporte escolar] será revisto. Vamos pagar valores compatíveis. As prefeituras estão cobertas de razão, já que as despesas atingem diretamente os orçamentos dos municípios", declarou.

Segundo Arns, outra prioridade do governo será a contratação de professores concursados. "Vamos chamar concursos, contratar professores, valorizar a profissão. Os professores temporários continuarão sendo contratados, sempre vai haver necessidade. Porém, a exceção não pode virar a regra, temos que chamar os concursados", explicou.

Sobre a construção de novas escolas, o novo secretário diz que fará um amplo levantamento no Paraná a partir de amanhã. "Com o Instituto de Engenheiros do Paraná (IEP) e o Conselho Regional de Engenharia, Arqui­­­tetura e Agronomia (CREA), vamos levantar, de forma rápida, a condição exata de cada escola e verificar a necessidade de ampliação e de novas construções", disse. Por fim, Arns assumiu compromisso de investir na implantação da escola em tempo integral. "Vamos investir na educação em tempo integral, principalmente nas áreas mais carentes do nosso estado", anuncia.

Infraestrutura

De acordo como Beto Richa, a secretaria de Infraestrututra e Logística, nova pasta criada pelo governo e comandada pelo irmão do governador José Richa Filho, receberá investimentos imediatos, assim como as outras consideradas prioritárias, pois teria caráter estratégico. "Vamos recuperar os portos de Paranaguá e Antonina. Os produtores paranaenses não podem pagar o preço do atraso que tantos males causa à nossa economia".

O governador também prometeu melhorar o escoamento da produção agrícola. "Vamos melhorar todos os modais, os ramais ferroviários, recuperar e duplicar rodovias, melhorar os nossos aeroportos do interior e da capital e principalmente modernizar e recuperar a credibilidade do nosso porto de Paranaguá."

A infraestrutura portuária ficará sob responsabilidade de Airton Maron, novo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), um dos empossados ontem. "Nós precisamos fazer tudo o que deixou de ser feito nestes últimos anos, como recuperar as cargas afugentadas de Paranaguá para outros portos, executar as dragagens e a ampliação do cais", garantiu Maron.

O novo superintendente afirmou que não vai usar recursos das tarifas portuárias para a construção de obras estranhas à administração do porto, ao contrário do que pretendia o ex-governador Orlando Pessuti. O peemedebista queria construir estradas e uma ponte ligando Caiobá a Guaratuba como o superávit do caixa da APPA, mas foi impedido por decisões da Justiça Federal. "Vamos cumprir a lei e o convênio federal do Porto. O uso de recurso de tarifas portuárias em outras áreas é inviável", relatou Maron.

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