
Brasília - Ministro do Planejamento durante os últimos cinco anos da gestão Lula e agora na pasta das Comunicações, o paranaense Paulo Bernardo afirma que a presidente Dilma Rousseff usou os primeiros 100 dias para reorganizar a gestão de acordo com "causas que têm mais apego", como o fim da pobreza extrema e o incentivo à inovação. Para ele, o período foi marcado por uma "mudança de estilo", mesmo dentro de um mandato de continuidade.
"Ela não é o Lula e nem quer ser", diz o ministro. "Paulinho", como é chamado por Dilma, diz que já estava acostumado ao modo de trabalhar da presidente e que há uma sensação de contentamento entre os colegas. "Estamos todos trabalhando para nos adequarmos a esse novo estilo e acho que a aprovação do governo nas pesquisas mostra que a população entendeu como ela é."
Apesar de ser considerada menos amável que Lula, Dilma deu várias demonstrações de humanidade nos últimos dias. Emocionou-se no velório do ex-vice-presidente José Alencar, realizado a pedido dela no Palácio do Planalto, e chorou ao comentar o massacre de Realengo, na última quinta-feira.
Novas medidas
O ministro Paulo Bernardo adianta que algumas novidades "positivas" serão anunciadas nos próximos dias. A mais aguardada é a reedição da Política de Desenvolvimento Produtivo, que trata de medidas para a área industrial. "Será uma importante redefinição de foco, que vai financiar as ações de inovação, ciência e teconologia."



