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Beto Richa é entrevistado por Sandro Dalpícolo: críticas a Osmar Dias voltaram à pauta | Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Beto Richa é entrevistado por Sandro Dalpícolo: críticas a Osmar Dias voltaram à pauta| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

Confira o primeiro bloco da entrevista de Beto Richa ao Paraná TV

Confira o segundo bloco da entrevista de Beto Richa ao Paraná TV

O candidato do PSDB ao governo do Paraná, Beto Richa, anunciou ontem que, caso vença as eleições, irá nomear o seu candidato a vice-governador, o senador tucano Flávio Arns, para o cargo de secretário da Educação. O anúncio dado em primeira mão durante entrevista ao telejornal Paraná TV 1.ª Edição, da RPC TV.

Um dos objetivos seria minimizar os efeitos de uma declaração dada na semana passada. Durante uma entrevista em Apucarana, no Norte do estado, Richa teria dito que alguns professores que fazem campanha contra ele são "laranjas podres" e que pretende demitir chefes de Núcleos de Educação. A declaração foi explorada pelo principal adversário do tucano, Osmar Dias (PDT), inclusive em um debate promovido pela APP-Sindicato, na sexta-feira. O anúncio também serviu para desmentir o boato segundo o qual a secretária da Educação em um governo tucano seria Alcyone Sali­­­ba, que chefiou a pasta durante o governo Jaime Lerner e cujo nome enfrenta restrições entre os professores.

"Foi uma escolha pessoal minha. Esta é área mais importante do governo e tem problemas enormes. Há dificuldades financeiras e estruturais que pedem um gestor que tenha sensibilidade e experiência", disse Beto durante a entrevista ao Paraná TV 1.ª Edição. "O Flávio Arns é um especialista na área e tem uma relação de respeito com os professores."

Richa voltou a alfinetar Osmar Dias em relação às privatizações durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Durante o debate na Rede Massa, na semana passada, o tucano citou várias privatizações que teriam sido apoiadas pelo então senador pedetista. "O meu adversário precisa mostrar sua cara e seu posicionamento. No último debate ele acusou o governo FHC de privatista várias vezes, mas omitiu que votou a favor das privatizações", afirmou.

O suposto pedido de acordo que Osmar teria apresentado ao PSDB para as eleições deste ano, que teria sido quebrado na última hora pelo ex-senador, também foi citado pelo tucano. "Osmar precisa dizer por que ele foi na casa do [candidato a presidente pelo PSDB] José Serra três vezes no mês de junho, às vésperas das convenções partidárias, e apertou-lhe a mão na saída. Alguns dias depois, a Dilma [Rousseff, candidata do PT à Pre­­­sidência] virou a melhor candidata do mundo", observou. "Ele [Os­­­­mar] deve ter tido fortes razões para agir assim."

Tucano confirma que vai demitir

Beto Richa voltou a afirmar ontem que, caso eleito, pretende exonerar a maioria dos ocupantes de cargos comissionados no governo estadual, entre eles os chefes dos Núcleos de Educação. "Sou o candidato da mudança e não tenho compromisso com a continuidade", disse. O tucano negou que o anúncio de Flávio Arns para a Secretária de Educação em eventual governo tucano seja estratégia de campanha e tentou minimizar possíveis acusações adversárias de que já estaria "sentando na cadeira" de governador. "Seria uma hipocrisia qualquer candidato dizer que já não está pensando numa pessoa para ser o seu secretário nesta ou naquela área. Você sabe quais são as pessoas melhor preparadas da sua equipe", afirmou. "Agora, meus adversários ficaram sem discurso nesta área." Sobre a presença do presidente Lula na campanha adversária, o tucano disse não estar preocupado, mas evitou criticar o principal cabo eleitoral de rival. "É um direito da campanha adversária contar com a presença de quem a apoia. A política é assim e nós respeitamos. O presidente Lula sempre que vem ao Paraná é bem-vindo e bem recebido", afirmou.

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