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Corpo a corpo

Caciques do PT e do PSDB vão às ruas de São Paulo pedir votos

Com Dilma e Serra concentrados para o debate de ontem à noite, coube a Lula e FHC liderarem os atos de campanha da sexta

No Viaduto do Chá, em São Paulo, FHC perdeu a sola de seu sapato | Moacyr Lopes Júnior / Folhapress
No Viaduto do Chá, em São Paulo, FHC perdeu a sola de seu sapato (Foto: Moacyr Lopes Júnior / Folhapress)
Passeata pelas ruas de São Paulo em favor de Dilma reuniu centenas de militantes |

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Passeata pelas ruas de São Paulo em favor de Dilma reuniu centenas de militantes

São Paulo, Belo Horizonte e Recife - Na reta final da campanha, os principais aliados dos candidatos à Presidência foram escalados para tentar conquistar votos em um contato direto com os eleitores. Com a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra no Rio, dando prioridade à preparação para o último debate na tevê, coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outros políticos saírem às ruas para um último esforço a favor de seus candidatos.

Tanto PT e PSDB fizeram ca­­minhadas em São Paulo. No início da noite, Lula participou de uma carreata no Recife. A opção dos dois partidos por São Paulo não ocorreu à toa. O estado é o maior colégio eleitoral do país, com 30,2 milhões de eleitores. É mais que o dobro, por exemplo, do total de votos disponíveis em Minas Gerais, com 14,5 milhões.

Além disso, os coordenadores das duas campanhas não escondem sua preocupação com a possibilidade de aumento no índice de abstenções amanhã, por causa do feriado. No primeiro turno, 4,9 milhões de eleitores paulistas deixaram de votar. Isso representa praticamente 20% de toda a abstenção ocorrida no território nacional. O eleitor paulista também anulou 1 milhão de votos e produziu 856 mil votos em branco.

Para os aliados de Serra, é preciso que seja feita uma ampla mobilização para impedir o aumento da abstenção local. Isso ocorre porque apostam no prestígio do PSDB no estado para que Serra conquiste votos suficientes para reverter a vantagem nacional de Dilma, apontada como preferida pelas pesquisas de intenção de voto.

Os tucanos acham que Serra poderia ter ganho muito mais votos em São Paulo no primeiro turno. O governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu 11,5 milhões de votos, contra 9,5 milhões do presidenciável. Lula reforçou sua passagem pelo estado para tentar preservar o patrimônio obtido por Dilma no primeiro turno. Na ocasião, ela recebeu 8,7 milhões de votos, cerca de 800 mil a menos que Serra.

Sem a sola

Durante a caminhada pró-Serra, FHC disse que fez tudo o que o candidato do partido a presidente pediu na campanha. "Tudo o que ele [Serra] pediu, eu fiz", afirmou, ao ser perguntado sobre a participação na campanha tucana. FHC acompanhou a manifestação da militância até o Viaduto do Chá, onde perdeu a sola de um dos sapatos que calçava. Questionado sobre se eram "percalços" da campanha, FHC brincou: "Assim que é bom, gastar sola de sapato."

Na capital de Pernambuco, Lula participou de uma caminhada de apoio a Dilma. Tratado como um popstar, Lula foi aclamado por uma multidão que tomou cerca de 2,5 quilômetros da avenida Conde da Boa Vista. Ele não discursou, por causa das restrições da Lei Eleitoral.

Mineirice

Serra e Dilma encerram a campanha presidencial hoje em Belo Horizonte, com carreatas e caminhadas. Mais que acreditar na tese de que Minas Gerais decidirá a eleição, como no início da campanha, os dois partidos valorizam o simbolismo do estado. Entre os tucanos, a mobilização é movida pelo medo de serem responsabilizados por uma eventual derrota de Serra. Entre os petistas, pela confiança na vitória e por ser uma forma de mostrar autonomia de Dilma.

Enquanto a campanha tucana programou uma caminhada na nobre área sul da cidade, passando pelo bairro em que Lula se irritou com moradores que o vaiaram, no dia 16, a petista percorrerá em carreata bairros da periferia e de Ribeirão das Neves, na região metropolitana e dará coletiva na Casa do Baile, na Pampulha.

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