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“Tem um inimigo oculto dentro Congresso, aquele que tirou o [ex-presidente] Jânio Quadros do poder. São forças que declaram querer fazer a reforma tributária, mas não a fazem.”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
“Tem um inimigo oculto dentro Congresso, aquele que tirou o [ex-presidente] Jânio Quadros do poder. São forças que declaram querer fazer a reforma tributária, mas não a fazem.” Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Para uma plateia de empresários e lideranças políticas reunidas ontem no Cietep, no Jardim Botânico, em Curitiba, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "inimigos ocultos" no Congresso o impediram de fazer a reforma tributária. "Tem um inimigo oculto dentro Congresso, aquele que tirou o [ex-presidente] Jânio Quadros do poder. São forças que declaram querer fazer a reforma tributária, mas não a fazem", afirmou o presidente, em uma alusão à frase que teria sido dita pelo presidente Jânio Quadros, quando renunciou ao cargo em agosto de 1961. Na ocasião, Jânio teria dito que a renúncia se devia a "forças ocultas". Com um discurso moldado para o empresariado, Lula defendeu a carga tributária do país para a formação de um Estado forte, até mesmo para proteger a economia no momento das crises econômicas. "O governo abandonou a ideia do Consenso de Washington [o liberalismo], de que os mercados resolvem tudo e o governo não serve para nada. A crise veio e quem tinha esse pensamento não soube como sair da crise, o Brasil soube", afirmou.

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, também fez um discursos ao gosto do empresariado. A ex-ministra defendeu o agronegócio e não tocou no assunto reforma agrária. Dilma defendeu ainda a política econômica adotada pelo governo Lula. "Foi a primeira vez na história que o Brasil cresceu, controlou a inflação, reduziu o endividamento público e tirou milhões de pessoas da pobreza, incluindo-as no mercado consumidor. Ainda temos desafios, mas criamos um alicerces muito fortes", disse a candidata petista.

Durante o evento, que faz parte do ciclo de debate promovido pela Fiep com os presidenciáveis, os empresários entregaram a Dilma e Lula o Plano Estadual de Logística e Transporte do Paraná (PELT 2020). O documento aponta os principais gargalos da área de transportes do estado e lista os projetos prioritários para resolver esses problemas. O candidato ao governo Osmar Dias (PDT), apoiado por Lula e Dilma, também esteve no evento e recebeu o material.

Comício na Boca

O presidente Lula e Dilma Rousseff encerram a agenda no Paraná em um comício que será realizado hoje na Boca Maldita, no centro de Curitiba. Ao lado deles estarão Osmar Dias e os candidatos ao Senado Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB). Esse será o primeiro comício de Dilma e Lula no Paraná. No último dia 14 de julho, Dilma esteve na cidade para um evento que reuniu cerca de 200 prefeitos que apoiam a candidatura da petista e de Osmar.

O evento de hoje deve ajudar Osmar a colar a sua imagem na do presidente. Pesquisa Vox Populi divulgada na última quarta-feira mostra que a maioria dos eleitores ainda desconhece quem é o candidato ao governo estadual apoiado por Lula. Segundo o levantamento, 72% dos eleitores afirmaram não saber qual é o candidato apoiado por Lula na disputa pelo Palácio Iguaçu. Outros 4% afirmaram que o candidato de Lula é o tucano Beto Richa. Apenas 19% dos eleitores sabem que o pedetista Osmar Dias é o candidato de Lula nesta eleição estadual. A pesquisa Vox Populi também mostrou que, para 18% dos paranaenses, a indicação do presidente Lula será determinante para a escolha do candidato ao governo do estado.

Serviço: a pesquisa Vox Populi está registrada no TSE sob o protocolo 19928/2010. Foram entrevistas 800 pessoas entre os dias 17 e 20 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.

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