O candidato a senador Gustavo Fruet (PSDB) não escondeu ontem a mágoa com as últimas pesquisas de intenção de voto, que antes da eleição o colocavam 20 pontos atrás do segundo colocado na disputa, Roberto Requião (PMDB). No sábado, o Ibope mostrou a petista Gleisi Hoffmann com 51% das intenções de voto, Requião com 47% e Fruet com 27%. As urnas mostraram uma diferença bem menor entre o segundo e o terceiro colocados: Fruet teve 23,1%, contra 24,8% de Requião.
"Queria agradecer a todos que votaram em mim. Porém, é preciso, e isso não é ressentimento, que o país passe a discutir a moralização das pesquisas eleitorais", desabafou. O tucano disse que, no tempo de mandato que ainda tem como deputado federal, vai se dedicar a aprovar um projeto na Câmara para que se façam auditorias em todas as pesquisas.
A crítica mais pesada foi dirigida ao Ibope ."É um instituto que quer ter influência no mundo público, mas atuando como uma empresa privada, sem se submeter a nenhuma fiscalização. A liberdade de expressão tem que ser garantida, mas com ética e responsabilidade", declarou. "Amanhã, o Ibope solta uma nota justificando... Confesso que eu preferia perder por 30 pontos e não do jeito que foi."
Perguntado se a expressiva votação na capital o habilita como o candidato natural do PSDB à prefeitura de Curitiba em 2012, Fruet disse que é cedo para pensar nisso. "Eu não fiz essa campanha pensando na outra. Não faço política assim", comentou. "Só sei que nesses 12 anos como deputado não passei uma semana inteira em Curitiba. Vou me mudar pra cá e retomar a minha atividade profissional."



