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A candidata do PT, Dilma Rousseff, consolidou a sua perspectiva de vitória no primeiro turno retirando votos de seu oponente do PSDB, José Serra, informou nesta terça-feira (24) pesquisa do instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte. Na sondagem, a petista sobe e o tucano cai. Dilma atingiu 46% por cento das intenções de voto --contra 41,6% na sondagem anterior--, enquanto ele obteve 28,1%, ante 31,6% na sondagem anterior. Ela recebeu 55% dos votos válidos, portanto venceria em 3 de outubro. Já Marina Silva oscilou para baixo, 8,1% --ela tinha 8,5% no levantamento anterior.

"A Dilma capitalizou bem a popularidade de Lula, conseguiu se colocar como braço direito dele... Cada vez mais ela capitaliza o desempenho econômico do país, ela incorporou bem o papel de candidato do presidente" disse o presidente da CNT, Clésio Andrade.

A diferença entre os dois, de 17,9 pontos, repete a distância capturada pelo último Datafolha (17 pontos), que também apontou definição de primeiro turno. Segundo o Sensus, Dilma venceria também no segundo; por 52,9 por cento a 34,0 por cento. "Ela está tirando votos do Serra", afirmou Ricardo Guedes, diretor do Sensus.

Mulheres e rejeição

A rejeição a Serra foi o dado mais surpreendente no atual levantamento: deu um salto de 10 pontos, passando de 30,8 % para 40,7%. "Pela nossa experiência de 23 anos de pesquisas, nunca vimos uma pessoa se eleger com mais de 40 por cento de rejeição", ponderou Guedes. "Acima de 35 por cento já é considerado ponto crítico."

Dilma também lidera entre as mulheres, eleitorado-foco de sua campanha: 42,9% a 27,4%. No universo masculino, ela está à frente por 49,4%, enquanto 28,7% dos homens disseram votar nele.

Quando o entrevistador não mostra o nome dos candidatos, na chamada resposta espontânea, considerada indicação de um voto mais consolidado, Dilma subiu para 37,2% (antes 30,4% da sondagem anterior), enquanto Serra oscilou para 21,2% (ante 20,2%). Marina também oscilou positivamente 1 ponto, para 6%.

Ajuda da tevê

Para a CNT/Sensus, "a televisão já está decidindo a eleição". Dos 42,9% que viram ao menos trechos do horário eleitoral gratuito, 56% acharam a peça publicitária de Dilma melhor, contra 34,3 que disseram o mesmo sobre o tucano.

"Há uma transferência de voto extremamente forte (de Lula para Dilma)", afirmou Ricardo Guedes. "O programa eleitoral a está ajudando."

E essa transferência segue na onda da altíssima popularidade de Lula e do governo. Segundo o Sensus, 77,5% consideram positiva a avaliação do governo (ante 76,1% na sondagem anterior) e apenas 4,6% negativa (ante 4,4 por cento).

A única região do país em que Serra lidera a disputa é no Sul. Ele possui 47,8% e Dilma, 35,7%. Marina: 6,9%.

No Sudeste, onde a campanha oposicionista esperava um resultado mais equilibrado, a petista lidera com 39,2%, Serra tem 27,6% e Marina, 9,7%. No Nordeste, onde a ex-ministra da Casa Civil aproveita mais a associação com o presidente, ela fica com 62,1% das intenções de voto. Serra e Marina aparecem com 19,8% e 6,4%, respectivamente.

No Norte e no Centro Oeste, Dilma Rousseff leva 45% e Serra, 25,5%. Marina possui 7,6% nas duas regiões.

A expectativa de vitória também dá ampla vantagem a ela. Quase 62% acreditam que ela ganhará as eleições, contra 47,1% da sondagem anterior. Apenas 21,9% dizem o mesmo sobre o Serra, ante 30,3% da pesquisa passada.

A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais. Foram entrevistadas 2 mil pessoas, em 136 municípios de 24 Estados, entre os dias 20 e 22 de agosto de 2010.

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