• Carregando...

Lula afirma que Deus fez a vingança que ele queria contra a oposição

Em tom de despedida e desabafo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Deus fez a vingança que ele queria com os senadores que votavam contra o governo. Ele se comparou novamente a Jesus Cristo, quando reclamou que diziam que ele era comunista porque era barbudo. Lula ainda estava ressentido, porque diziam que ele não saberia governar, porque não tinha curso superior.

Leia a matéria completa

Rio e São Paulo - De olho no voto dos religiosos, o candidato do PSDB à Pre­­­sidência, José Serra, evitou defender ontem o casamento entre pessoas do mesmo sexo em encontro com integrantes do Fórum de ONG-Aids do estado de São Paulo, na capital paulista. Disse ser favorável à união civil de homossexuais, mas no que se refere ao casamento gay cabe às Igrejas, segundo ele, tomarem sua posição.

Já Dilma Rousseff (PT) deve receber na segunda-feira o apoio de um grupo de religiosos. Encabeçado por sete bispos, entre eles dom Thomas Balduíno, presidente honorário da Comissão Pastoral da Terra (CPT), foi divulgado ontem um manifesto de "cristãos e cristãs evangélicos e católicos em favor da vida e da vida em abundância", que contava com mais de 300 adesões de religiosos e fiéis.

Os adeptos do documento rechaçam que "se use da fé para condenar alguma candidatura" e dizem que fazem a declaração de voto "como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais". O texto diz que, "para o projeto de um Brasil justo e igualitário", a eleição de Dilma "representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra".

O manifesto tenta atrair também eleitores de Marina Silva, presidenciável derrotada do PV, lembrando que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano, como propôs a candidata, "só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido". Dilma representaria este projeto, "iniciado nos oito anos de mandato" de Lula.

Embora admitam terem críticas a alguns aspectos e políticas do governo atual "que Dilma promete continuar", os signatários destacam saber a diferença entre "ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir."

Carta compromisso

Já o tucano, ao ser questionado sobre a decisão de Dilma, que pretende assinar uma carta em que se compromete a não enviar ao Congresso nenhuma legislação que impacte na religião, Serra disse que a petista "tem lá os problemas dela".

"Eu acho que a questão do casamento propriamente dita está ligada às Igrejas. Agora, a união em torno de direitos civis já existe, inclusive na prática, pelo Judi­­­ciário. Eu sou a favor para efeito de direito. Outra coisa é o casamento, que tem o componente religioso das Igrejas, e aí cada Igreja define sua posição", disse Serra, depois de participar de um encontro com representantes de ONGs de combate à aids, em São Paulo.

Minutos depois de defender o uso da camisinha como forma de se prevenir contra a doença, Serra foi indagado sobre a posição da Igreja, que não defende contraceptivos de nenhum tipo. O tucano havia defendido a utilização da camisinha, masculina e feminina, como forma de prevenir o contágio pelo vírus da aids. Segundo ele, a Igreja nunca fez campanha contra o uso de camisinha "quando era ministro da Saúde".

"No Ministério da Saúde fizemos uma política de difusão de mecanismos dos preservativos e tudo mais. A Igreja nunca colocou obstáculos. Colocou sua posição, mas nunca fez campanha propriamente contra isso", disse Serra.

Serra assinou uma carta compromisso em que garante premissas como compra, distribuição e acesso de medicamentos em todo o país; adoção de políticas e ações capazes de diminuir o número de mortos por HIV; investimentos na indústria nacional; emissão de licenças compulsórias dos antirretrovirais sobre patentes; fortalecimento do SUS para pacientes dessa natureza, entre outros.

* * * * *

Interatividade

Temas polêmicos devem pautar a campanha eleitoral?

Escreva para leitor@gazetadopovo.com.brAs cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]