A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff (PT), recebeu ontem os cumprimentos de diversos chefes de Estado e de governo de todo o mundo. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ligou à tarde para cumprimentá-la pela vitória. Em comunicado divulgado pela Casa Branca, Obama afirmou a Dilma que aguarda um encontro com ela em breve.
Obama falou com a petista sobre energia limpa, crescimento econômico e a reconstrução do Haiti país no qual o Brasil lidera as forças de paz da ONU. "Ele elogiou o povo do Brasil por sua fé e compromisso com a democracia. Ele também ressaltou a excelente relação de trabalho entre os Estados Unidos e Brasil, e seu compromisso em aprofundar esta cooperação e explorar novas áreas de colaboração", diz o comunicado.
Também em comunicado, o Departamento de Estado dos EUA, comandado por Hillary Clinton e responsável pela política externa norte-americana, também parabenizou Dilma pela eleição."O processo eleitoral exemplar de novo ilustra a relação de longa data do Brasil para a governança democrática, os direitos civis e liberdades individuais; os valores que temos em comum", diz mensagem assinada pelo porta-voz Philip Crowley.
Dilma ainda recebeu ontem o telefonema do presidente da França, Nicolas Sarkozy. "Ele disse a ela que quer continuar a cooperação com o Brasil em várias áreas, entre elas a energética. Elogiou a política internacional do presidente Lula, entre outras coisas a atuação do Brasil no Haiti", disse o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia. A França tem uma parceria estratégia com o Brasil sobretudo na área militar e tenta vender ao país uma frota de caças Rafalle, que concorrem em uma licitação com aviões de guerra dos EUA e da Suécia.
A nova presidente ainda recebeu ligações da presidente da Argentina, Cristina Kirchner; do primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates; do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos; do presidente do Paraguai, Fernando Lugo; e do presidente do Chile, Sebastián Piñera.
Já o presidente boliviano, Evo Morales, qualificou a vitória de Dilma como um triunfo da democracia latino-americana. Segundo Morales, a democracia voltou a se impor em "uma América Latina unida, que aposta na mudança".
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, por sua vez, definiu a eleição de Dilma como uma "grande onda de justiça e igualdade social" que, segundo disse, atravessa a América Latina. "[A vitória de Dilma] é fruto de uma extraordinária mobilização das forças populares do Brasil profundo".



