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Dinheiro eleitoral

Em um mês, campanha ao governo já custou R$ 5,2 mi

Osmar Dias foi quem mais recebeu doações (R$ 5,1 milhões) e mais gastou (R$ 4,9 milhões). Beto Richa arrecadou R$ 2 milhões e gastou apenas R$ 228 mil

Confira como está o caixa de campanha dos candidatos ao governo e senado |
Confira como está o caixa de campanha dos candidatos ao governo e senado (Foto: )

O primeiro mês da campanha eleitoral para o governo do Paraná – normalmente o mais "morno" – já custou R$ 5,2 milhões. Ontem os candidatos fizeram a primeira das três prestações de contas exigidas pela legislação eleitoral. As doações recebidas chegaram a R$ 7,8 milhões nesse início de campanha. Os maiores gastos e arrecadações estão concentrados nos dois principais candidatos ao governo: Osmar Dias (PDT) e Beto Richa (PSDB).

Os R$ 5,2 milhões investidos pelos candidatos neste início de campanha seriam suficientes para bancar programas de segurança pública na capital e de limpeza de rios da região metropolitana de Curitiba, por exemplo. Os convênios assinados pelo governador Orlando Pessuti (PMDB) no início de julho para limpeza de rios e desassoreamento de canais em Curitiba, região metropolitana e litoral do Paraná totalizam R$ 5 milhões. Já a prefeitura de Curitiba recebeu R$ 5,4 milhões do governo federal para implantar nove projetos do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci).

Despesas mais elevadas

Osmar Dias foi o candidato que teve mais despesas no primeiro mês de disputa eleitoral. O pedetista declarou gastos de R$ 4,9 milhões, enquanto Richa informou ter feito gastos de pouco mais de R$ 228 mil.

O candidato do PDT foi quem conseguiu maior valor em recursos para a campanha – mais que o dobro arrecadado pelo tucano. As doações a Osmar foram de R$ 5,1 milhões. Richa recebeu R$ 2 milhões.

Os valores das doações foram informados à reportagem pelas assessorias de Richa e Osmar. Nenhum dos dois candidatos divulgou quem foram os financiadores de campanha. A assessoria de Osmar, porém, garantiu que, a partir de agora, a atualização na prestação de contas será feita a cada 15 dias no site do candidato e que serão divulgados os financiadores da campanha. Já do lado do tucano ainda não houve comprometimento quanto a isso.

Programas eleitorais

Os maiores gastos na campanha de Osmar foram com a produção de programas para o rádio e para a televisão. De acordo com a prestação de contas do pedetista, foram gastos de R$ 428 mil com propaganda para esses meios de comunicação. As pesquisas eleitorais internas custaram R$ 200 mil. E a confecção de material de campanha, R$ 198 mil. Osmar ainda teve despesas com transporte (R$ 62 mil) e organização de eventos (R$ 47 mil).

A assessoria de Richa não detalhou como os R$ 228,2 mil foram gastos e informou que as maiores despesas serão feitas na reta final da campanha.

As arrecadações de recursos para as campanhas de Osmar e Beto estão bem aquém das estimativas dos candidatos. No início da disputa, o pedetista projetou uma arrecadação de R$ 42 milhões enquanto que Richa estimou-a em R$ 27 milhões.

Nanicos

Os gastos dos cinco candidatos de partidos menores não passaram de R$ 50 mil. O candidato Paulo Salamuni (PV), que está centralizando os custos na conta do comitê financeiro único do partido, gastou R$ 42,3 mil. O comitê inclui gastos com a gravação de programas eleitorais de outros candidatos e o partido não separa o valor específico de Salamuni, que é a maior parte. No valor recebido de R$ 86,5 mil pelo comitê estão R$ 10 mil doados por Salamuni.

O comitê financeiro único do PV está avaliando se irá aceitar doações de empresas. Três partidos que estão na disputa ao governo do estado já disseram que não irão receber doações de pessoas jurídicas. As legendas – PSol, PCB e PSTU– são de esquerda e alegam questões ideológicas para a recusa.

Com a negativa para as grande empresas, os candidatos desses partidos arrecadam menos. O candidato ao governo do PSol, Luiz Felipe Bergmann, gastou apenas R$ 1.330 na campanha. O valor foi destinado à impressão de um jornal que traz as propostas dele e a foto de todos os candidatos a deputado do partido. Bergmann alega não ter outros gastos. "Refeição como em casa. Não computo alimentação como gasto de campanha", disse ele.

Amadeu Felipe (PCB) arrecadou R$ 3 mil e gastou R$ 1,2 mil com 20 mil santinhos por enquanto. "Representamos uma campanha contra o sistema financeiro. Estamos formando um bloco anti-imperialista e anticapitalista", disse o vice na chapa, Gilberto Oliveira Gomes.

Avanilson Araújo (PSTU) não irá aceitar recursos de empresas e declarou não ter receitas nem despesas até o momento. Robinson de Paula (PRTB) também entregou prestações de contas zeradas ao Tribunal Regional Eleitoral.

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