
O impasse do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade da Lei da Ficha Limpa já nessas eleições não modificará o quadro dos eleitos para deputado estadual e federal do Paraná. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE), dos 32 candidatos indeferidos do estado, oito foram barrados com base na Lei da Ficha Limpa. Aprovada em 4 de junho de 2010, a lei proíbe a candidatura de políticos condenados pela Justiça em decisão colegiada em processos ainda não concluídos.
Ontem, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o número de votos recebidos pelos candidatos indeferidos. No Paraná, nenhum desses candidatos conseguiria se eleger: Antonio Ricardo dos Santos (PP), Geraldo Cartário (PDT), Nilton Cezar Servo (PRB) e Iris Simões (PR), que tentaram vagas na Câmara Federal; Alessandro Menheghel (DEM), Antonio Belinati (PP), Padre Luizinho (PSB) e Erivan da Mundial (PRTB), que tentaram vagas na Assembleia Legislativa.
Os votos dos candidatos com registros ainda pendentes não foram computados pelo TSE. Segundo a assessoria do tribunal, não há data prevista para os processos dos candidatos barrados serem julgados. O candidato Carlos Roberto Scarpelini também teve seu registro indeferido por causa da Lei da Ficha Limpa, mas não entrou com recurso.
O presidente do TSE, Ricardo Levandowski, disse ontem que todos os casos de candidatos barrados pela Ficha Limpa serão julgados até o fim do segundo turno. Em todo o país são mais de 200 candidaturas barradas que deverão ser analisadas caso a caso. Conforme a decisão, o número de cadeiras de cada partido poderá variar em outros estados, principalmente devido aos "puxadores de voto, por causa do coeficiente eleitoral.



