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sucessão estadual

“Guerra” de vídeos marca disputa na tevê

Beto exibe gravação em que Osmar garante apoio à candidatura do tucano à prefeitura, em 2008. Imagens são resposta a insinuação de Lula de que Richa traiu o pedetista

Os dois principais candidatos ao governo do estado, Osmar Dias (PDT) e Beto Richa (PSDB), usaram parte de seus programas eleitorais exibidos ontem à tarde na tevê para falar sobre o fim da aliança que ajudou a reeleger Richa prefeito de Curitiba em 2008. Na última eleição municipal, Osmar apoiou a candidatura do tucano, que agora é seu principal adversário.

A discussão sobre o tema voltou a esquentar depois do comício que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Foz do Iguaçu, na última sexta-feira. No evento, o presidente afirmou que em 2008 procurou Osmar e pediu ao pedetista que ele apoiasse a candidatura de Gleisi Hoffmann (PT) à prefeitura de Curitiba. Osmar, no entanto, negou porque teria um acordo com os tucanos: apoiaria a candidatura de Richa naquele momento em troca de uma aliança em 2010.

Durante o comício, o presidente chegou a afirmar que alertou o pedetista sobre a possibilidade de uma "traição" do tucano. "[Eu disse] Osmar, você está enganado. Esse que disse que vai te apoiar [Richa] vai ser o teu adversário na campanha de 2010. Como Deus escreve certo por linhas tortas, aconteceu exatamente o que eu previa", disse Lula.

As imagens do comício com essas declarações do presidente foram apresentadas no programa de Osmar exibido ontem. Antes disso, porém, a resposta dos tucanos a essas declarações de Lula já havia ido ao ar. Na abertura do programa eleitoral de Richa – que antecedeu o do pedetista – foi apresentado um vídeo de junho de 2008 em que Osmar declara o apoio do PDT à reeleição do tucano à prefeitura de Curitiba.

Na gravação, Osmar afirma que o apoio a Richa não teria relação com a disputa de 2010. "O PDT faz isso independentemente daquilo que acontecerá em 2010 com o Beto e o seu partido. Para nós interessa o que é melhor para Curitiba. Não nos interessa fazer nenhuma barganha em troca do apoio que nós estamos dando. Estamos oferecendo o nosso apoio de forma espontânea", diz Osmar no vídeo gravado há dois anos.

O pedetista comentou ontem, por meio do Twitter, a exibição do vídeo. Segundo Osmar, ele só apoiou a candidatura de Richa à prefeitura de Curitiba porque acreditava que ele cumpriria os quatro anos de mandato. "Não barganho apoios. Dei o apoio a ele [Richa] em 2008 de forma incondicional. Mas acreditando que ele iria cumprir os quatro anos", afirmou.

O comitê jurídico da campanha do pedetista apresentou um pedido liminar na tarde de ontem à Justiça Eleitoral para que o vídeo não fosse mais exibido na propaganda do tucano. A justificativa é que, da forma como está o vídeo, não fica claro que a imagem é de junho de 2008 e isso poderia confundir o eleitor. O pedido não foi aceito pelo juiz.

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