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Legislação eleitoral

Lula reclama de não poder mencionar candidatos em eventos do governo

"Não sei como alguém faz uma lei que proíbe citar seu nome", disse. Presidente também elogiou processo eleitoral e sistema de urna eletrônica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira (12), durante evento de comemoração ao Dia Internacional da Juventude, a proibição pela legislação eleitoral de fazer campanha em favor de candidatos durante eventos oficiais do governo.

"Não pode nem citar nome de deputado que estava aqui porque a lei proíbe. Na verdade, a culpa é deles que fizeram a lei. Não sei como que alguém faz uma lei que proíbe citar o seu nome", disse.

O presidente também comentou sobre a importância do processo eleitoral na consolidação da democracia e elogiou o sistema da urna eletrônica.

"Eu queria agora fazer o papel da Justiça Eleitoral. Vamos ter eleições no dia 3 de outubro. Acho que é um momento mágico para um país ter eleições. Nosso sistema de urna eletrônica é invejável", disse.

ProJovem

Lula também criticou as prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro por não terem, segundo ele, aderido de imediato ao programa do governo federal ProJovem quando a iniciativa foi criada, em 2007. O projeto prevê incentivos para a reinserção de jovens à escola e a promoção de oportunidades de trabalho a recém-formados.

"Aqui é importante mencionar, no começo do ProJovem, nós tivemos problemas com vários prefeitos que, por questões politico-ideológicas, não queriam inscrever a juventude. Dava a impressão de que os estados não tinham jovens pobres. São Paulo foi um deles. O Rio de Janeiro foi outro estado que não quis fazer", disse.

O presidente classificou a postura de "burrice". "Para mim era uma questão eminentemente de burrice porque o dinheiro era do governo federal. O Estado estava apenas querendo oferecer R$ 120 reais para que o jovem pudesse voltar a escola e aprender uma profissão", criticou.

Lula afirmou ainda que "pela primeira vez" o Brasil tem um governo que dialoga com a sociedade. Segundo ele, os governos anteriores evitavam receber representantes de movimentos sociais porque não queriam atender a reivindicações.

"Vivemos um momento histórico em que nem o Estado nem o governo tem medo de conversar com a sociedade. Porque eles tinham medo? Porque pensavam que a sociedade é do contra e vai apresentar pauta de reivindicações", disse.

O presidente afirmou que construiu "uma relação sadia" com a sociedade. "Não é o fato de a gente poder atender tudo. É o fato de tratar as pessoas com respeito e dizer que a gente pode atender ou não pode atender. E assim nós conseguimos construir essa relação. Era um dos sonhos que eu tinha."

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