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A série de denúncias e revelações que vem pontuando a disputa de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) pela Presidência da República ganhou novos capítulos neste fim de semana.

No sábado, a Folha de S.Paulo publicou reportagem em que ex-alunas da psicóloga Monica Serra afirmam ter ouvido a esposa do candidato do PSDB contar sobre um aborto realizado durante o exílio com o marido no Chile. Ontem, o jornal noticiou que Serra teria nomeado a filha de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto para um cargo de confiança no governo em São Paulo. Preto, ex-diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), teria desviado R$ 4 milhões supostamente destinados ao caixa 2 da campanha tucana.

Já na edição desta semana a revista Época traz uma matéria onde Valter Cardeal, diretor de Planejamento e Engenharia da Eletrobrás e homem de confiança de Dilma, estaria envolvido em fraude de 157 milhões de euros.

O suposto aborto de Monica Serra já vinha sendo noticiado pelo jornal O Dia, com base no depoimento da bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, que diz ter sido aluna da mulher de Serra em 1992. A reportagem de Folha cita que localizou mais uma aluna do curso de dança da Unicamp que confirma a história sobre o aborto da então professora universitária Monica Serra. O motivo do aborto alegado por Monica, segundo a ex-aluna, era a ditadura chilena, que tornava o futuro dela e do marido muito incerto.

Sheila disse aos jornais que decidiu postar um comentário sobre Monica em seu perfil na rede social Facebook depois de ouvir a afirmação de Serra durante debate do dia 10, na Band, de que é contra o aborto por "valores cristãos". Ela também soube da acusação de Mo­nica, divulgada pela Agên­cia Estado, de que Dilma é a favor de "matar criancinhas".

Sobre a indicação da jornalista Tatiana Arana de Souza Cremonini, filha de Paulo Pre­to, como assistente técnica de gabinete, a reportagem afirma que a nomeação ocorreu no primeiro mês de Serra à frente do governo paulista, em 2007. Ela atualmente atua no cerimonial do Palácio dos Ban­­dei­rantes, com salário de R$ 4.595, com gratificações. Em nota, a Secretaria de Co­­­mu­nicação do governo informou que Tatiana foi contratada por sua formação profissional e pela fluência em inglês e espanhol.

Já Dilma Rousseff tratou como "fofoca" produzida por uma "central de boatos" a de­­núncia publicada pela revista Época, que liga Cardeal a uma fraude em um empréstimo internacional milionário de 157 milhões de euros. O banco KfW, controlado pelo governo alemão, entrou com ação contra a CGTEE, subsidiária da Eletrobras cujo conselho de administração é presidido por Cardeal, alegando que órgão sabia serem falsas as garantias dadas a um empréstimo feito pelo KfW para construção de usinas de biomassa no Rio Grande do Sul e no Paraná.

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