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Corrida estadual

Osmar diminui ritmo de arrecadação a um mês da eleição

Já Beto Richa teve aumento de 191% nas receitas. O pedetista continua registrando mais recursos do que o tucano: R$ 13,2 milhões contra R$ 8,2 milhões

Confira os valores arrecadados por cada candidato |
Confira os valores arrecadados por cada candidato (Foto: )

Segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto ao governo do Paraná, Osmar Dias (PDT) arrecadou menos no segundo mês de campanha e registrou queda de 65% nas receitas na comparação com o primeiro mês (incluindo doações e serviços estimados em dinheiro). O opositor Beto Richa (PSDB), que lidera os levantamentos eleitorais, teve aumento de 191% nas receitas. Apesar da desaceleração, Osmar continua registrando mais receitas do que Richa nestes dois meses de disputa eleitoral: R$ 13,2 milhões contra R$ 8,2 milhões.

Os números estão disponíveis nas prestações de contas parciais entregues pelos candidatos à Justiça Eleitoral, que foram publicadas ontem no site do Tribunal Superior Eleitoral. Segundo os documentos, de julho a agosto, Osmar atingiu uma receita de R$ 9,8 milhões, incluindo doações financeiras e valores estimados em dinheiro de bens e serviços. No segundo mês de campanha, as receitas do pedetista totalizaram R$ 3,4 mi­­lhões. As despesas também passaram de R$ 9,6 milhões para R$ 3,3 milhões neste período, uma diminuição de 66%.

Na primeira prestação de contas valores de campanha apareceram dobrados, pela metodologia contábil adotada pela Justiça Eleitoral, de acordo com a assessoria de Osmar. A explicação é que parte dos recursos foi doada em espécie pelo candidato ao Comitê Financeiro e a doação voltou em valor estimado.

Já Richa teve uma receita no primeiro mês de campanha de R$ 2,1 milhões, valor que subiu para R$ 6,1 milhões. As despesas passaram de R$ 228,3 mil para R$ 4,9 milhões – crescimento de 2.028% em um mês. A maior parte do valor foi para a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 2,4 milhões).

Explicações

No mesmo período, Richa subiu nas pesquisas, de acordo com números de três levantamentos do Datafolha. Richa começou com 43%, subiu para 46% e depois para 47% das intenções de voto. Osmar caiu de 38% para 34% e manteve os 34%.

O cientista político Fabrício Tomio, professor da UFPR, diz que não dá para fazer uma relação direta entre as doações recebidas e as pesquisas eleitorais. Mas quem está na frente na pesquisa pode atrair mais recursos, segundo ele. De concreto, o professor afirma que Osmar Dias precisava fazer uma campanha maior no início, pelo fato de ter se lançado candidato mais tarde do que Richa.

Adilson Bernert, contador da campanha do comitê financeiro do PDT, diz que a arrecadação não tem vínculo com pesquisas. Ele explica que houve uma queda na doação estimada do Comitê Financeiro para Osmar Dias e redução nos valores doados. No primeiro mês, uma empresa sozinha doou R$ 5 milhões à campanha e no período seguinte outras empresas doaram, só que com valor menor, segundo Bernert.

Na prestação de contas parcial, a legislação não exige que os candidatos divulguem os doadores de campanha. Porém, a medida é apontada como uma ferramenta para dar maior transparência ao pleito. Richa e Osmar só irão divulgar os doadores após a eleição.

Metodologia

A última pesquisa Datafolha ao governo do Paraná foi realizada entre os dias 23 e 24 de agosto. No período, foram realizadas 1.211 entrevistas em 45 municípios, com margem de erro de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TRE 19.550/2010 e no TSE 25.427/2010.

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