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Dilma, Lula e Osmar: casamento enrolado. | Aniele Nascimento / Gazeta do Povo
Dilma, Lula e Osmar: casamento enrolado.| Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo

Presidente lamenta não ter aumentado o mandato

Brasília - Em seu discurso na primeira cerimônia realizada na volta ao Palácio do Planalto, o presidente Lula lamentou ontem não ter mandado ao Congresso uma emenda à Constituição que lhe permitisse aumentar o seu mandato. " (...) Podia ter mandado uma emendinha para mais alguns anos de mandato", brincou Lula, ao sancionar alterações na Lei Complementar 97, que amplia os poderes do Ministro da Defesa e estende à Marinha e à Aeronáutica o poder de polícia nas fronteiras que apenas o Exército possuía.

Lula falou ainda do seu "arrependimento" de não ter comprado um avião maior ou talvez duas aeronaves do tipo Airbus A-319, como o que adquiriu em seu mandato.

O presidente teve de encarar um protesto do grupo Greenpeace na cerimônia de reabertura do Palácio do Planalto. Três representantes da ONG ambiental subiram a rampa principal do palácio para protestar devido ao fato de a reforma não ter incluído a geração de energias alternativas, como a solar. As obras custaram R$ 103 milhões e levaram 17 meses.

Agência Estado

Marina Silva estará hoje em Curitiba e Maringá

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, estará hoje no Paraná. Pela manhã, em Curitiba, ela participa de um café com candidatos do partido no estado e será entrevistada por uma rede de televisão.

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  • Serra e Richa caminham na Rua XV, em Curitiba: cidade virou fortaleza do PSDB.

A escolha do PSDB de considerar o Paraná como um dos quatro estados prioritários para o candidato à Presidência José Serra provocou uma reação imediata da base de apoio de Dilma Rousseff (PT). Se os tucanos elegeram o candidato ao governo paranaense Beto Richa (PSDB) como um dos principais cabos eleitorais para alavancar a candidatura de Serra, a base de Dilma decidiu reforçar a campanha de Osmar Dias (PDT) ao Palácio Iguaçu.

O grande marco dessa contraestratégia da base governista será a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o maior cabo eleitoral do país, em eventos da campanha de Osmar, na quarta e quinta-feira da semana que vem, em Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina.

Antes disso, porém, no próximo sábado, será Serra quem estará no estado. Ele participa de um encontro com produtores rurais em Cascavel e, depois, segue rumo a Foz, no Oeste do Paraná. Tudo acompanhado de Richa.

A vinda de Lula ao Paraná atende a duas necessidades da base governista: impedir um possível crescimento de Serra no estado e reverter a vantagem de Richa sobre Osmar, mostradas pelas pesquisas de intenção de votos (o tucano tem 46% contra 34% do pedetista, segundo o levantamento Datafolha divulgado no último dia 13). Já Serra, segundo pesquisa CNT/Sensus, divulgada anteontem, tem apenas 28,1% contra 46% de Dilma no cenário nacional, mas lidera no Sul do país, com 47,8% contra 35,7%.

Osmar aposta em Lula e no maior engajamento dos partidos que apoiam sua campanha (principalmente PT e PMDB) como elementos para virar a corrida eleitoral pelo governo estadual. Segundo ele, nos últimos dias foram adotadas algumas medidas para reforçar a sua campanha.

Mas o pedetista crê que a principal arma a ser usada será mesmo a participação efetiva do presidente Lula em sua campanha. Segundo Osmar, cerca de 70% do eleitorado paranaense desconhece que Lula está apoiando a sua candidatura. Para ele, isso começará a ficar mais claro a partir do próximo mês. Nesse sentido, avalia o candidato, a presença de Lula em atos de sua campanha será fundamental. A primeira será no dia 1.º de setembro, em Foz do Iguaçu. E, no dia 2, o presidente estará em Londrina e Maringá.

"Estou muito confiante com o apoio do Lula e de toda essa gente que está se somando a nossa campanha", afirmou Osmar. Lula fará ainda pronunciamentos em favor de Osmar que serão exibidos nos programas eleitorais do horário gratuito. Outro fator favorável a Osmar é a disposição do PT de concentrar esforços em prol da candidatura Dilma Rousseff em estados onde o tucano José Serra aparece à frente nas pesquisas, como é o caso do Paraná.

Além do Paraná, outro estado em que a base governista deve investir nesta fase final da campanha é Minas Gerais – uma das unidades da federação eleitas pelo PSDB como potencialmente promissoras para Serra.

Em Minas, o candidato de Lula é o ex-ministro Hélio Costa (PMDB), que aparece na frente das pesquisas, mas vem perdendo terreno para o governador tucano Antonio Anastasia. Segundo Ibope divulgado nesta semana, Costa aparece com 38% das intenções de voto, um ponto a menos do que a pesquisa anterior, divulgada em 30 de julho. Anastasia cresceu seis pontos porcentuais, passando para 27%.

Outro estado que o PT deve focar esforços é o Rio de Janeiro. Já os tucanos, além de Paraná e Minas, ainda pretendem concentrar esforços em São Paulo e Goiás, estados onde os candidatos tucanos Geraldo Alckmin e Marconi Perillo, respectivamente, são considerados favoritos. A estratégia do PSDB seria usar a força desses cabos eleitorais para transferir votos para Serra e, assim, diminuir a diferença para Dilma.

Serviço:

A pesquisa CNT/Sensus, divulgada anteontem, entrevistou 2 mil eleitores entre os dias 20 e 22 de agosto, em 136 municípios de todo o país. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais. A pesquisa foi registrada no TSE com o n.º 24.903/2010.

A pesquisa Datafolha sobre a eleição no Paraná ouviu 1.221 eleitores em 46 cidades paranaenses. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais e a pesquisa está registrada no TSE (sob o nº 22.777) e no TRE-PR (com o n.º 18.123/2010).

A pesquisa sobre a eleição de Minas Gerais foi registrada no TRE-MG com o número 6.2810/2010. O levantamento foi realizado entre os dias 18 e 20. A consulta abrangeu 2.002 eleitores e tem margem de erro de dois pontos porcentuais.

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